por Leno Silva, especial para a Envolverde –
Fazia muito tempo que eu não andava na garupa de uma moto. Para a minha alegria, o meu irmão e compadre, Ricardo Pettine, na véspera de Natal, me convidou para dar uma volta na sua motoca possante.
Como São Paulo estava sem trânsito, fizemos um bate-volta para Embú das Artes, com a intenção de sentir o vento soprando a cada acelerada, e com a possibilidade de apreciar as paisagens sob outra perspectiva.
O trajeto, quase uma linha reta, foi delicioso. Da Av. Consolação até a praça da cidade turística durou pouco mais de meia hora, sem pressa, dividindo as pistas com os automóveis e outras motocicletas, e com a vantagem de ter um lugar reservado nas avenidas que permite sair primeiro quando os semáforos ficam verdes.
Depois de uma rápida caminhada pelas calçadas de comércio, almoçamos um popular prato feito, tomamos um café expresso, e fizemos o caminho de volta com o mesmo cuidado.
A ameaça de chuva não se confirmou, embora o cinza do céu se manteve presente durante todo o percurso. De vez em quando ainda sinto o vento no rosto, e ao fechar os olhos me reconecto com essa experiência vibrante, que estará comigo durante muito tempo. Sou grato pelo presente inesperado, que fez bater forte o meu coração. Por aqui, fico, e até 2018. (Envolverde)