Sociedade

Pressão popular faz vereadores de Peruíbe vetarem termelétrica

A Câmara Municipal de Peruíbe, vetou a possibilidade um de termelétrica no municipio. Depois de um processo legislativo bastante conturbado, sobre pressão popular, os vereadores da cidade aprovaram uma emenda à lei orgânica que impede o projeto de construção de termelétrica no município. Uma conquista rara, que só não pode ser considerada inédita, porque cerca de 30 anos atrás, o mesmo município vencia batalha similar, contra a construção de uma usina nuclear na região.

“Meus pais lutaram contra a usina nuclear e Peruíbe vem mantendo essa história de luta e vitória, hoje com essa conquista, que foi árdua. Há pouco mais de um mês não tínhamos todos os votos necessários e conseguimos reverter o cenário graças à união do povo que soube demonstrar sua vontade os vereadores”, afirma o advogado Enio Pestana, membro do grupo Raízes, um dos movimentos que iniciou a luta contra a termelétrica.

É fato que conquista só foi possível graças a união de moradores e diversos grupos locais, que pressionaram governantes e articular uma Frente Parlamentar de vereadores para barrar o projeto de construção da Termelétrica de 1,7 gigawatt-hora, projetada para ser uma das 50 maiores do mundo, em uma região que é uma das últimas reservas de Mata Atlântica contínua no mundo.

“A aprovação dessa emenda é a garantia que visa salvaguardar nossa qualidade de vida e nosso patrimônio socioambiental para as próximas gerações. Temos que agir agora. A humanidade não precisa mais de indústrias altamente poluidoras, que utilizam combustível fóssil”, defende André Ichikawa, membro do Instituto Ernesto Zwarg e do Coletivo Ativista Litoral Sustentável (Cals).(#Envolverde)