Referência em soluções urbanísticas, a cidade dos arranha-céus se desenvolveu preservando áreas verdes e adotando medidas sustentáveis
No alto dos edifícios, tetos verdes amenizam o calor do verão e contribuem para a melhoria da qualidade do ar. Por baixo das ruas, níveis subterrâneos movimentam a logística de serviços. Ao redor, mais de 570 parques, um rio de 251 quilômetros de extensão e o quinto maior lago do mundo. Esta é Chicago, cidade do meio-oeste americano, referência quando o assunto é planejamento urbano.
Para conhecer estas atrações e seus detalhes que saem do trivial dos principais passeios turísticos, a agência Chicago Travel & Tours desenvolve roteiros customizados, de acordo com os interesses de cada viajante ou grupo de turismo. Na programação, é possível incluir visita a pontos diferenciados, como parques da orla do lago Michigan, edifícios sustentáveis do centro financeiro e ruas subterrâneas que não estão nos cartões-postais, mas são fundamentais para o bom funcionamento da terceira maior cidade dos Estados Unidos.
De acordo com a empresária Ediana Braham, fundadora da agência, muito do que se vê hoje na cidade faz parte de um plano visionário, de 1909, do arquiteto Daniel Burnham (1846-1912) que defendia o espaço público ao ar livre. O projeto já previa naquela época que no futuro o trânsito seria um dos grandes problemas da sociedade moderna. Com isso, foi idealizada uma logística com ruas em níveis subterrâneos por onde veículos que transportam carga pesada ou prestam serviços de coleta de lixo, entrega de produtos ou correspondências pudessem trafegar sem interferir no nível térreo. Uma espécie de rede de túneis que interliga prédios e lojas do centro financeiro.
“No nosso tour percorremos esta parte para mostrar tudo o que acontece ali, já que muitas pessoas que chegam à cidade não tem a menor ideia que algumas das ruas que visitam, fazem compras ou se divertem em atrações estão sobre outra Chicago”, explica a empresária.
Mais uma premissa do plano arquitetônico foi o de priorizar o verde por meio da criação de parques. O objetivo era preencher toda a orla do lago Michigan como um cinturão verde para proporcionar ao morador um contato próximo de convívio com a natureza.
“Hoje 8,5% de Chicago é constituída por parques, são mais de 570 distribuídos pela cidade. Os brasileiros se surpreendem ao ver a quantidade de verde conectado com a movimentação e agitação da metrópole”, conta. “Todos os parques são gratuitos e oferecem diversas atividades esportivas como tênis, basquete, futebol, além de pistas para caminhar, correr e pedalar.”
Chicago também valoriza e incentiva a adesão aos tetos verdes. Segundo dados oficiais, são mais de sete milhões de metros quadrados destinados a este tipo de espaço. O próprio prédio da prefeitura tem sua laje coberta pela vegetação. A medida tem uma série de benefícios sustentáveis como, por exemplo: redução de temperatura interna, diminuição nos gastos de energia, retardo no escoamento da água de chuva, redução do barulho e nas emissões de carbono no ar.
Roteiros de imersão
O planejamento urbano de Chicago tem chamado a atenção dos brasileiros, tanto que uma comitiva do Fórum da Indústria da Construção de Santos e Região (Ficon), composta por construtores, empresários e políticos da Baixada Santista (litoral paulista), já esteve na cidade e realizou um roteiro de imersão, onde constatou de perto as soluções urbanísticas adotadas pela metrópole americana.
Toda prestação dos serviços turísticos foi realizada pela Chicago Travel & Tours. A agência é a única do meio-oeste americano especializada na elaboração e viabilização de roteiros personalizados com o foco para o atendimento ao público brasileiro.
(#Envolverde)