Sociedade

Três em cada 10 crianças no Brasil não receberam vacinas que salvam vidas

Por ONU Brasil – 

Nesta Semana Mundial de Imunização (24 a 30/4), o UNICEF faz um alerta: em apenas três anos, a cobertura vacinal contra sarampo, caxumba e rubéola (Tríplice Viral D1) no Brasil caiu de 93,1%, em 2019, para 71,49%, em 2021. Além da Tríplice Viral, a cobertura vacinal contra poliomielite caiu de 84,2%, em 2019, para 67,7%, em 2021. Isso significa que três em cada dez crianças no país não receberam vacinas necessárias para protegê-las de doenças potencialmente fatais.

Embora já houvesse quedas nas coberturas vacinais de rotina antes da pandemia, a situação se agravou com a chegada dela.

O UNICEF pede aos governos que fortaleçam ou restabeleçam urgentemente os programas de imunização de rotina, desenvolvam campanhas para aumentar a confiança nas vacinas e implementem planos para alcançar todas as crianças e todos os adolescentes e suas famílias com serviços de vacinação; especialmente aos mais vulneráveis que não têm acesso aos serviços de saúde, devido à sua localização geográfica, situação migratória ou identidade étnica.

Nesta Semana Mundial de Imunização (24 a 30/4), o UNICEF faz um alerta: em apenas três anos, a cobertura vacinal contra sarampo, caxumba e rubéola (Tríplice Viral D1) no Brasil caiu de 93,1%, em 2019, para 71,49%, em 2021. Além da Tríplice Viral, a cobertura vacinal contra poliomielite caiu de 84,2%, em 2019, para 67,7%, em 2021. Isso significa que três em cada dez crianças no país não receberam vacinas necessárias para protegê-las de doenças potencialmente fatais.

Embora já houvesse quedas nas coberturas vacinais de rotina antes da pandemia, a situação se agravou com a chegada dela. A interrupção de serviços essenciais de saúde e o medo das famílias de sair de casa e se contaminar com a COVID-19 deixaram inúmeras crianças sem acesso à imunização de rotina contra outras doenças.

“Na primeira infância, crianças recebem imunização contra pelo menos 17 doenças. O declínio nas taxas de vacinação coloca milhões de crianças e adolescentes em risco de doenças perigosas e evitáveis”, explica a oficial de saúde do UNICEF no Brasil, Stephanie Amaral.

Quanto mais crianças não tiverem acesso às vacinas, mais fácil se torna a propagação de doenças. Bolsões de comunidades subimunizadas e não imunizadas podem levar a surtos em diferentes regiões do globo e à volta de doenças erradicadas em diversos países.

“No Brasil, a vacinação de rotina para crianças menores de 5 anos vinha sofrendo quedas desde 2015. E a pandemia certamente contribuiu ainda mais para o agravamento do problema. Para reverter esse cenário, é fundamental fortalecer os programas de imunização e os sistemas de saúde, e incentivar famílias a vacinar as crianças”, complementa a oficial de saúde do UNICEF.

“À medida que os países se recuperam da pandemia, são necessárias ações imediatas para evitar que as taxas de cobertura caiam ainda mais, porque o ressurgimento de surtos de doenças representa um sério risco para toda a sociedade”, afirma a diretora regional do UNICEF para a América Latina e o Caribe, Jean Gough. “Esta é uma oportunidade para reestruturar a atenção primária à saúde e reforçar a abordagem integral e comunitária que leva vacinas às populações mais vulneráveis. Não podemos perder os esforços das últimas décadas e deixar que doenças perigosas ameacem a vida das crianças”.

O UNICEF pede aos governos que fortaleçam ou restabeleçam urgentemente os programas de imunização de rotina, desenvolvam campanhas para aumentar a confiança nas vacinas e implementem planos para alcançar todas as crianças e todos os adolescentes e suas famílias com serviços de vacinação; especialmente aos mais vulneráveis que não têm acesso aos serviços de saúde, devido à sua localização geográfica, situação migratória ou identidade étnica.

Os dados brasileiros são do Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, coletados até dia 5 de abril de 2022.

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