Uma tecnologia desenvolvida no departamento de engenharia química da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) para a remoção de sais e poluentes orgânicos da água pode ajudar comunidades que sofrem com a falta de água.
O sistema, desenvolvido pelo doutorando Rafael Linzmeyer Zornitta, sob orientação do professor Luís Augusto Martins Ruotolo, utiliza carvões ativados para limpar a água e deixá-la potável por um custo bem mais baixo do que o das outras tecnologias existentes. Ele também é mais eficiente.
Embora imperceptível, o carvão ativado é um material presente em filtros de barro e purificadores de água e funcionam como uma peneira muito eficiente, mas foi aprimorado na UFSCar com a utilização de bagaço de cana e polímeros.
Foram quatro anos de desenvolvimento. O sistema tem a vantagem de ser mais simples e mais barato que os métodos tradicionais de dessanilização que são muito caros, precisam de muita energia elétrica e de sistemas potentes de bombeamento.
No sistema desenvolvido pela UFSCar, o carvão em pó é transformado em um filme, como se fosse uma película e colocado em placas que recebem uma pequena corrente elétrica de 1,2 volts. Ao passar pelo filtro de carvão ativado, a água tem o cloreto de sódio retirado.
Por enquanto, o método funciona para concentrações de até 10 gramas de sal por litro. Não pode ser utilizada na água do mar, por exemplo, que tem uma média de 35 g/l, mas pode ser utilizada em água salobra, que tem menos sal. (#Envolverde)