O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) lamentou a decisão do Conselho Econômico e Social (ECOSOC) de não conceder status de consultor ao Comitê para a Proteção de Jornalistas (CPJ).
“Acreditamos que a decisão de não permitir a participação de ONGs bem estabelecidas em reuniões da ONU, incluindo as do Conselho de Direitos Humanos aqui em Genebra, é imprudente, injusta, arbitrária”, disse Rupert Colville.
Na imagem a frase em inglês
“Parem de assassinar jornalistas”.
Foto: UNESCO
O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) somou, na semana passada (31), sua voz às preocupações levantadas sobre a decisão do Conselho Econômico e Social (ECOSOC) de não conceder status de consultor ao Comitê para a Proteção de Jornalistas (CPJ).
“Acreditamos que a decisão de não permitir a participação de ONGs bem estabelecidas em reuniões da ONU, incluindo as do Conselho de Direitos Humanos aqui em Genebra, é imprudente, injusta, arbitrária e vai de encontro a outras iniciativas que buscam oferecer melhor proteção aos jornalistas em todo o mundo”, disse Rupert Colville, porta-voz do ACNUDH, em coletiva de imprensa na cidade suíça.
De acordo com Colville, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, lamentou que a liberdade de trabalho das organizações não governamentais (ONGs) esteja sob ameaça, incluindo dentro das Nações Unidas.
Colville observou que o CPJ é uma “respeitada e importante voz” sobre a liberdade de imprensa e as questões de proteção aos jornalistas, responsável por fornecer as mais confiáveis estatísticas sobre assassinatos, ataques e detenções dos profissionais de imprensa em todo o mundo.
Segundo o porta-voz, os votos de apenas dez Estados-membros fizeram com que o CPJ continuasse sendo excluído de todos os debates e processos pertinentes das Nações Unidas. Dos 19 Estados que compõem o Comitê de ONGs, seis votaram a favor de dar o status consultivo ao CPJ e três se abstiveram.
(ONU/Envolverde)