Clima

Tecnologia pode reduzir danos e mortes por desastres

Cidade na Indonésia devastada após o tsunami de 2004. Foto: PMA / Rein Skullerud
Cidade na Indonésia devastada após o tsunami de 2004. Foto: PMA / Rein Skullerud

Em 2015, o número registrado de grandes secas dobrou, atingindo mais de 35 milhões de pessoas. Conferência organizada por agência da ONU debate como a ciência pode ajudar a prevenir riscos associados a fenômenos extremos.

Por Redação da ONU Brasil – 

Na quarta-feira (27), teve início a primeira Conferência de Ciência e Tecnologia do Escritório das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres (UNISDR). O encontro vai reuniu mais de mil cientistas, políticos e representantes do setor privado. O diretor da agência da ONU, Robert Glasser, destacou a importância da ciência para reduzir a exposição da população mundial a fenômenos extremos, que já afetam 100 milhões de pessoas por ano. Em 2015, o número de grandes secas dobrou, atingindo mais de 35 milhões de indivíduos.

“A aplicação da ciência e da tecnologia é vital para reduzir as perdas crescentes vinculadas a desastres que podem, frequentemente, piorar o potencial para lutas e conflitos em muitas partes do mundo, particularmente em lugares onde os ecossistemas estão sendo perdidos”, afirmou o diretor na véspera da Conferência. Segundo Glasser, na última década, 173 milhões de pessoas foram afetadas por enchentes, tempestades, secas, terremotos e outros desastres. Nesse período, a média anual de mortes associadas aos fenômenos extremos chegou a 76 mil.

Para o chefe da UNISDR, “a previsão aprimorada e o desenvolvimento de práticas da agricultura resistentes a secas podem ajudar a reduzir rivalidades e tensões étnicas”. “Isso precisa ser melhor compreendido uma vez que a desertificação se dissemina e a segurança alimentar é fragilizada em muitas partes do mundo, (situação) acentuada pelo atual fenômeno do El Niño, que está tendo um impacto devastador sobre a produção das safras”, disse Glasser.

A Conferência promovida pela agência da ONU quer mobilizar a comunidade científica para incentivar a implementação do Marco de Sendai para a Redução de Risco de Desastre, adotado em março de 2015 pelas Nações Unidas. (ONU Brasil/ #Envolverde)

* Publicado originalmente no site ONU Brasil.