Refrigerantes e outras bebidas causam 180 mil mortes precoces anuais

Os pesquisadores concluíram que 180 mil mortes são causadas anualmente por conta de bebidas açucaradas. Foto: Luiz Henrique Assunção/Flickr

Pesquisadores do departamento de saúde da Universidade de Harvard lançaram um estudo que aponta a relação entre bebidas açucaradas e a incidência de mortes precoces. Os especialistas consideraram a situação em 114 países e concluíram que 180 mil mortes são causadas anualmente em decorrência deste açúcar.

As bebidas que detêm este perfil e estão entre as mais consumidas no mundo são os refrigerantes, isotônicos, energéticos, entre outras. De acordo com o estudo, o excesso de açúcar ocasiona obesidade, doenças no coração, diabetes e alguns tipos de câncer, que por sua vez estão relacionados ao grande número de mortes precoces.

Os pesquisadores trabalharam este tema durante cinco anos, sob a liderança do pós-doutor Gitanjali M. Singh, e concluíram que das 180 mil mortes causadas pelas bebidas açucaradas 133 mil delas são relacionadas à diabetes, 44 mil por doenças cardiovasculares e seis mil em consequência de câncer.

Nos EUA os debates sobre as grandes embalagens de refrigerante já geraram muita polêmica e renderam proibições e novas legislações. Mesmo assim, a nação soma 25 mil mortes precoces com o perfil analisado pelos especialistas. O México é outra nação com destaque negativo. Os pesquisadores dizem que o consumo médio no país latino-americano e de 700 ml de bebidas deste tipo por dia, considerada a maior taxa entre os locais estudados.

O codiretor do programa de epidemiologia vascular de Harvar, Dariush Mozaffarian, explicou que três quartos destas mortes precoces estão concentradas em países de baixa e média renda. “Este não é apenas um problema dos países ricos”, informou o especialista em declaração à CNN.

“Nosso estudo mostra que dezenas de milhares de mortes no mundo são causadas pela ingestão de bebidas açucaradas e isso deve impulsionar as autoridades políticos a adotarem medidas fortes para reduzir o consumo de bebidas açucaradas”, finaliza Singh.

* Com informações do Inhabitat.

** Publicado originalmente no site CicloVivo.