Isso significa que mais de 20 milhões de pessoas com 14 anos ou menos pertencem a famílias com renda per capita mensal de até meio salário mínimo.
Desse total, quase 9,5 milhões vivem em condição de extrema pobreza: com renda per capita de até um quarto do salário mínimo.
O relatório aponta outros problemas que prejudicam o desenvolvimento destas crianças ainda na primeira infância, como a falta de saneamento básico, o difícil acesso à água potável e à educação.
Outro levantamento, de 2017, realizado pelo Observatório da Primeira Infância, plataforma da Rede Nossa São Paulo, apontou que 10% da população infantil de 0 a 6 anos da capital paulista vive em situação de vulnerabilidade social.
Estudos indicam que vínculos familiares e ambientes saudáveis são essenciais para o desenvolvimento de crianças dentro desta faixa etária.
Neste cenário, como o Brasil vem atuando para criar políticas públicas para primeira Infância? Quais são os obstáculos encontrados?
Para falar sobre o assunto, recebemos, no programa de TV desta quarta-feira (10/07), Ana Estela Haddad, livre-docente e professora associada da Universidade de São Paulo, pesquisadora em políticas públicas no Núcleo Escola da Metrópole do Instituto de Estudos Avançados da USP e responsável pela formulação e implementação da política municipal São Paulo Carinhosa para a primeira infância.
O programa também teve o quadro ‘Você Conhece? ’, que contou a história de Margarida Maria Alves, sindicalista e defensora dos direitos humanos, que foi assassinada por lutar pelos direitos básicos dos trabalhadores rurais.