A ONG Ocean Voyages Institute bateu o próprio recorde de limpeza em mar aberto em uma expedição que durou 48 dias
Uma recente operação de limpeza retirou em 48 dias cerca de 103 toneladas de lixo plástico do mar, entre redes e petrechos de pesca e itens plásticos que a humanidade consome no seu dia a dia.
A ação percorreu as costas da Califórnia e do Havaí e foi uma iniciativa do Ocean Voyages Institute que, com a coleta quebrou o próprio recorde de maior limpeza de lixo plástico dos oceanos.
Infelizmente, além do plástico, o navio recolheu muitos animais mortos e esqueletos que estavam envolvidos pelo lixo, em especial por redes de pesca abandonadas em mar aberto.
“Não existe uma solução rápida e simples para a quantidade de lixo nos oceanos. São necessários longos períodos no mar, com uma equipe extremamente, para que seja possível realizar ações de limpeza como esta”, explica Locky MacLean, ex-diretor da Sea Shepherd, ONG que atua na proteção da vida marinha.
Ilhas de plástico
Uma grande ilha de lixo se encontra entre o Havaí e a Califórnia, em uma das áreas mais remotas do Oceano Pacífico. Pesquisadores estimam que cerca de 80 mil toneladas de resíduos façam parte desta ilha de lixo, sendo a maior parte proveniente de petrechos de pesca.
As ilhas de lixo se formam graças à ação de correntes oceânicas circulares que concentram o lixo em áreas específicas.
Apesar das ações de limpezas serem parte da solução do problema, é necessário pensar na causa: todos os anos até 12,7 milhões de toneladas de plástico chegam aos oceanos e a estimativa é que um total de 150 milhões de toneladas do material circulem atualmente pelos mares.
“SUPERAMOS O NOSSO OBJETIVO DE
RECOLHER MAIS DE 100 TONELADAS DE
LIXO PLÁSTICO E SEGUIR AJUDANDO A
CUIDAR DA SAÚDE DO OCEANO, QUE É UMA
FORMA DE CUIDAR DA SAÚDE DO PLANETA
E DA HUMANIDADE”, COMEMORA MARY
CROWLEY, FUNDADORA E DIRETORA DO
OCEAN VOYAGES INSTITUTE.
A poluição plástica é composta de micro plásticos a grandes redes de pesca, uma imensidão de produtos que não são biodegradáveis e ameaçam gravemente a vida marinha. Um triste exemplo do mal que estamos fazendo às espécies marinhas foi a baleia encontrada por pesquisadores filipinos com 40kg de plástico no estômago, incluindo.