EarthWalk 2021 quer provocar o debate antes e durante a COP26
A primeira edição da caminhada global aconteceu em 2020 para reivindicar um mundo mais justo e sustentável para todos e todas, especialmente após os impactos da Covid-19. Foram 121.711 quilômetros percorridos, o equivalente a três voltas no globo terrestre. Para participar da edição de 2021, as pessoas interessadas só precisam acessar o site da EarthWalk, se cadastrar e alimentar a página com os quilômetros percorridos diariamente. Além, é claro, de postar em suas redes sociais usando a hashtag #CadaPassoConta. Há também a opção de conectar seu app de atividade física ao site e, automaticamente, alimentá-lo com seus passos. Grupos de amigos que já têm o hábito da caminhada coletiva também podem participar, desde que sejam respeitadas as medidas de segurança contra a Covid-19.
Hoje estão sendo ativadas campanhas convocando os caminhantes em 31 países do mundo: África do Sul, Austrália, Bangladesh, Brasil, Burundi, Camboja, Etiópia, França, Gâmbia, Gana, Grécia, Haiti, Indonésia, Itália, Jordânia, Libéria, Malawi, Moçambique, Nigéria, Ruanda, Palestina, Senegal, Serra Leoa, Espanha, Tailândia, Quênia, Reino Unido, Uganda, Vietname, Zâmbia, Zimbabwe. Vamos dar voltas ao mundo juntos às comunidades mais afetadas pelas mudanças climáticas para chamar a atenção daqueles que têm o poder de decisão sobre o futuro do planeta.
Ações durante a COP-26
Além da EarthWalk, a ActionAid fará uma série de intervenções públicas durante a COP 26 em Glasgow, para que as vozes do mundo todo sejam ouvidas nas negociações entre os líderes mundiais. As imagens da marcha, colhidas ao redor do mundo, serão projetadas em uma área ao ar livre de grande circulação na cidade sede. A ação quer chamar a atenção para as sérias consequências sociais que as mudanças climáticas vêm provocando.
Em recente pesquisa divulgada em 19 de outubro, por exemplo, a Organização Meteorológica Mundial, da ONU, revelou que a temperatura na África subiu acima da média global no último ano. O que representa um impacto profundo na vida no continente. A previsão dos cientistas é que as três grandes massas de gelo do continente, entre elas o Monte Kilimanjaro, deixarão de existir até 2040. Por conta das secas e das enchentes, houve um aumento de cerca de 40% do número de pessoas em situação de insegurança alimentar em 2020, em relação a 2019. O clima afeta desproporcionalmente as populações mais pobres. E o quadro se repete no Brasil, que vive uma crise hídrica e pode entrar num período de crise energética devido à severidade com que as mudanças climáticas têm afetado o país.
Em agosto deste ano, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) divulgou um relatório histórico para o debate sobre o tema. Histórico pelo fato de, pela primeira vez, o IPCC demonstrar claramente a relação direta entre a ação humana e a elevação da temperatura e as mudanças climáticas. Inclusive no Brasil, onde as chuvas e as secas cada vez mais intensas geram graves consequências, sobretudo para os mais vulneráveis. A ActionAid acompanha de perto os efeitos da crise climática nas comunidades que apoia.
Sobre a ActionAid
A ActionAid é uma organização internacional que trabalha pelo fim da pobreza em 43 países. No Brasil, atua desde 1999 realizando projetos pela garantia de direitos à alimentação, igualdade de gênero, participação popular e educação.
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