Entre notícias sérias e campanhas digitais de desinformação, o preço do café é trend topic nas redes e nas rodas de conversa. Um saco de mercado a R$25 ou uma xícara acima dos R$10 são motivo de descontentamento geral da nação.

Segundo publicação do Financial Times, republicada na Folha de S. Paulo, o aumento no Brasil foi de quase 40% no ano passado. Mas o preço do café disparou globalmente, e não apenas por questões de mercado. A alta foi impulsionada pelo clima extremo, associado às mudanças climáticas.

O impacto climático na produção cafeeira é percebido ao longo dos anos. Em 2021, uma severa geada que atingiu o Brasil impactou diretamente a produção de café no país. Além disso, as secas prolongadas e as chuvas irregulares têm prejudicado a produtividade das lavouras, resultando em uma oferta reduzida e, consequentemente, preços mais altos.

O impacto das mudanças climáticas na produção de café é inegável. Eventos climáticos extremos, como secas e tempestades, têm afetado as principais regiões produtoras, resultando em colheitas menores e preços mais altos. No Brasil, onde o café é uma commodity crucial, o aumento dos preços foi particularmente acentuado, refletindo não apenas os desafios climáticos, mas também questões econômicas internas.

A ciência climática tem mostrado que o aquecimento global intensifica o ciclo hidrológico, resultando em chuvas mais intensas e tempestades mais severas. Logo, o aumento dos preços do café no Brasil é mais do que uma questão de mercado, mas um reflexo das complexas interações entre clima, economia e política.

Referências:

FOLHA DE S.PAULO. Brasileiros descafeinados culpam Lula pelo preço do cafezinho. Folha de S.Paulo, São Paulo, 24 fev. 2025. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2025/02/brasileiros-descafeinados-culpam-lula-pelo-preco-do-cafezinho.shtml?utmsource=whatsapp&utmmedium=social&utm_campaign=compwa  Acesso em: 24 fev. 2025.

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