ODS14

Esperança pelo futuro dos recifes de corais do Caribe e dos oceanos

O Laboratório de Corais demonstra o compromisso do Grupo Iberostar com o movimento Wave of Change

PUNTA CANA, República Dominicana (12 de junho de 2019) — O Grupo Iberostar acaba de inaugurar um novo laboratório de corais, no coração do Caribe. A iniciativa irá ajudar a proteger a vida oceânica face ao aumento da temperatura global e na defesa contra uma nova doença nos corais, atualmente em rápida evolução.

A Stony Coral Tissue Loss Disease (SCTLD, sigla em inglês para a doença de perda de tecido de coral stony) tem deixado um rastro assustador de corais descoloridos, desde a Flórida Central, onde apareceu pela primeira vez em 2014, até o México, as Ilhas Virgens dos EUA, St. Maarten e, agora, a República Dominicana, onde chegou subitamente em março.

A Dra. Megan Morikawa, Diretora de Sustentabilidade da Iberostar, Bióloga Marinha com doutorado em restauração de corais, viu a praga branca subaquática quando, juntamente com a sua equipe, planeava a instalação do novo laboratório de corais na República Dominicana. Atuando a um ritmo sem precedentes, um grupo de pessoas da comunidade científica, a Iberostar, o governo dominicano e algumas ONGs, entre outros parceiros, terminaram o laboratório em um ano, logo que a doença dos corais começou a atingir os recifes locais – oito meses antes do previsto.

“Não percebemos quando começamos o projeto, mas estávamos construindo uma Arca de Noé para o coral”, afirma a Dra. Morikawa.

O laboratório, inaugurado no último sábado, irá abrigar inicialmente 10 espécies – 180 corais individuais (a maioria das instalações contém apenas algumas espécies). Construído em uma área antes ocupada por um núcleo de ioga, o laboratório segue rigorosos padrões científicos, estando também aberto a visitantes, incluindo crianças, no âmbito do programa de entretenimento Star Camp da Iberostar.

“Esta é uma ciência muito necessária num local inesperado”, diz a Dra. Morikawa, acrescentando que os corais representam apenas 1% da superfície do planeta, mas detêm cerca de um terço da diversidade biológica mundial.

O laboratório é o mais recente esforço do movimento Wave of Change da Iberostar, uma abordagem em três frentes para proteger os oceanos e incentivar o turismo responsável, que inclui:

  1. Substituir os plásticos em todos os 120 hotéis da Iberostar até 2020, reinventando todas as suas aplicações, desde as palhinhas e embalagens de café até os uniformes dos funcionários, num esforço para estabelecer uma economia circular.
  2. Promover o consumo sustentável de produtos do mar. Entre outros esforços, a Iberostar fez uma parceria com a WWF, a FishWise e com fornecedores locais de peixe para banir espécies inteiras dos menus dos restaurantes do hotel.
  3. Melhorar a saúde da zona costeira, incluindo a restauração de manguezais na costa da República Dominicana, criando uma equipe de especialistas em conservação costeira, incluindo a Dra. Morikawa e outros da Universidade de Stanford e da UC Santa Barbara, entre outras.

Com 32 mil funcionários para atender oito milhões de clientes por ano, a Iberostar tem o poder de educar e inspirar as pessoas e os seus pares da indústria para impulsionar uma ampla mudança.

“Como empresa familiar que faz parte da comunidade da República Dominicana há mais de 25 anos, estamos criando um modelo de turismo cada vez mais responsável, o qual gera um melhor legado para as futuras gerações deste país. Temos que reconhecer essa responsabilidade e continuar a tomar medidas ousadas”, afirma Gloria Fluxà, Vice-presidente e Diretora de Sustentabilidade da Iberostar, líder de quarta geração de um negócio 100% familiar do setor de turismo.

O laboratório servirá de refúgio para os corais ameaçados do Caribe. É um banco genético, protegido dos furacões no mar cada vez mais destrutivos, onde vive a maioria dos viveiros de recife. Além disso, extrai a água salgada dos poços, não do oceano, protegendo-o de doenças de coral de rápido desenvolvimento e de grande amplitude, como a SCTLD.

Entre os seus recursos, o laboratório possui quatro tanques de 1.200 litros, outros quatro tanques de 500 litros e quatro sistemas de controle, o que permitirá aos pesquisadores simular com precisão condições oceânicas futuras para, então, desenvolver e criar espécies de corais resistentes ao calor que poderão vir a reforçar os recifes em dificuldade que sustentam populações inteiras de peixes e protegem os meios de subsistência costeiros.

“Coordenar tudo isto num prazo tão apertado, e em terra, foi um esforço hercúleo que exigiu inovação e colaboração”, disse a Dra. Morikawa. O time do hotel Iberostar de Punta Cana contribuiu para a construção e design do laboratório. Os representantes oficiais do governo ajudaram na obtenção de licenças. Foram trazidos técnicos e especialistas em aquários para consultas sobre o projeto, e uma empresa especializada em spas construiu controles para os tanques. “Todos se envolveram. Isso nos deu uma bela perspectiva local”, afirma a Dra. Morikawa. “Nunca pensei que pudéssemos construir um laboratório em um ano, mas não tínhamos escolha, estávamos ficando sem tempo”.

A Iberostar planeja abrir mais instalações de saúde costeira em outros locais nos próximos dois anos, além de criar diversos viveiros marítimos.

É importante ressaltar que o laboratório foi projetado para proporcionar aos clientes e à comunidade local uma experiência em terra única e inesquecível e expô-los a um desafio ambiental que, de outra forma, nunca conheceriam.

“Acho que o mais importante é que os hotéis podem contribuir para proteger os nossos oceanos de maneira que não esperávamos”, afirma a Dra. Morikawa. “Ironicamente, como comunidade científica, trabalhamos há anos na construção de um caso econômico para salvar recifes de corais. O que cativou a Iberostar foi apenas a vontade de os proteger”.