Por Liliana Peixinho* – 

Cidadania, ética, compromisso investigativo com a verdade, apuração das informações, dar voz à quem não tem, pluralidade, são alguns dos fundamentos defendidos para a prática do jornalismo.
O cenário atual de repressão, censura, violência, exploração, insegurança, falta de estrutura para trabalhar nos remete a tempos de políticas repressoras, de perseguição. Tempos onde a tortura aos opositores negou direitos mínimos de liberdade e acesso às informações. Quando a sociedade estava a tentar respirar os bons ares da democracia a imprensa volta a ser alvo de violência e perseguição  governamental.
Não bastasse esse cenário político nefasto, ainda temos problemas entre o direito de acesso da sociedade a informações apuradas, checadas, plural, e o desvio do papel da própria imprensa em promover as mudanças sinalizadas pela sociedade, através de potentes canais de comunicação, como as redes sociais.

Diversas perguntas

Nesse meio de ruídos, da relevância do papel social do jornalismo, do foco investigativo e transparente para a disseminação de informações sobre problemas sociais graves das minorias, e a necessidade da transformação por meio da notícia e de como ela é transmitida, como podemos avaliar o papel de cada um, de nós jornalistas, na busca da liberdade e responsabilidade com missão de informar?
Será se temos liberdade, compromisso, segurança, estrutura de trabalho, para atuar ?
Como percebemos e reagimos aos silêncios?
Conseguimos admitir a existência de um antijornalismo?
Como, de fato, observamos o nosso papel na promoção da democracia?
Se nossa geração enfrenta múltiplos problemas nesse desempenho diário, como deverá ser o papel de futuros jornalistas na missão de informar, transformar?
Nos últimos 20 anos observamos uma mudança no Mercado da Comunicação com o crescimento de meios alternativos, cujos espaços, abertos, tem dificuldade  em si manter de forma independente.
Se é consenso que lutamos para promover a liberdade de imprensa, é também desafio e necessidade a busca pela verdade das informações, em compromisso investigativo com os fatos.
* Liliana Peixinho – Jornalista.
Especialização em Jornalismo Científico e Tecnológico; Mídia, Meio Ambiente, Responsabilidade Social; MBA em Hotelaria e Turismo Sustentável. Ativista direitos humanos.
Fundadora de mídias independentes: Movimento AMA- Amigos do Meio Ambiente, Mídia Orgânica, REAJA, Catadora de Sonhos, Cuidar do Cuidador, RAMA- Rede de Articulação e Mobilização Ambiental, O outro no Eu.
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