Brasil detém todas as partes para investir na tecnologia de energia nuclear e assim se posicionar para o futuro, afirma Nivalde de Castro
A necessidade de garantir energia firme e limpa para o País crescer com segurança mudou o cenário do setor nuclear no País em 2019, com oportunidades claras nas áreas de geração, combustível, medicina nuclear etc. O Brasil precisa diversificar suas fontes e complementar o potencial hidrelétrico em sua matriz com todas as demais fontes de geração disponíveis, já que o potencial hidrelétrico, que concentra 80% da geração, estará esgotado até 2030. Isso faz da geração nuclear uma opção irreversível no processo de diversificação da matriz energética.
“O Brasil detém todas as partes para investir na tecnologia de energia nuclear e assim se posicionar no futuro de forma estratégica neste segmento de energia que terá um papel importante no cenário de transição energética mundial”, afirma o Professor e Pesquisador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico – GESEL, do Instituto de Economia da UFRJ.
Segundo o especialista, que já confirmou presença nestes debates durante o 10º Seminário Internacional de Energia Nuclear (SIEN 2019), marcado para os dias 14, 15 e 16 de agosto, no auditório de Furnas, no Rio de Janeiro, “este processo de construção das bases da cadeia produtiva nuclear começou com o Programa com Alemanha, e hoje o Brasil tem um potencial de desenvolvimento muito consistente”.
No entender do economista, para avançar na direção do desenvolvimento tecnológico, os condicionantes do setor elétrico são muito favoráveis em função do Planejamento, Regulação e Contratos de Longo prazo que dão segurança e previsibilidade para os investidores estrangeiros. “E com o novo governo, abre-se uma janela de quatro anos para que a política energética consolide uma trajetória”, conclui o especialista.
SIEN 2019
As obras de Angra 3 deverão ser retomadas em 2020, com participação de um parceiro privado, e previsão de operação em 2026, conforme estimativa do próprio Ministro de Minas e Energia, Bento Costa Albuquerque.
Somente essa decisão é suficiente para trazer escala à toda a cadeia produtiva do setor, desde a produção de combustível à geração de energia. Angra 3 tende a ser o grande vetor para o desenvolvimento de todo o ciclo do combustível aqui no Brasil, incluindo as fases de prospecção, de enriquecimento e de conversão, com a possibilidade de retomada da exploração de urânio também pela iniciativa privada, com uso de tecnologia nacional. A decisão cria uma cadeia de valor numa área estratégica.
Somado a isso, o anúncio da construção de seis novas plantas nucleares no Nordeste, através de parceria com empresas privadas, a construção dos reservatórios para o combustível usado por Angra 2, o prolongamento da vida útil de Angra 1 e o estabelecimento de PPIs para produção e tratamento de urânio são sinais claros da prioridade estratégica que as atividades nucleares reconquistaram no Brasil.
Em sua 10ª edição, o SIEN 2019 vai colocar em debate essa nova conjuntura, o novo modelo de parceria em fase de definição e as novas oportunidades de negócios geradas por este novo cenário. Em paralelo ao evento, acontece também a EXPONUCLEAR, mostra de tecnologia, serviços e equipamentos para o setor Nuclear, uma oportunidade única para toda cadeia da indústria nuclear apresentar seus diferenciais, seja através de palestras na grade do evento, na Exponuclear ou de networking e intercâmbio técnico e profissional.
O SIEN 2019 já conta com apoio de 17 das mais expressivas entidades técnicas, profissionais e empresariais dos setores de energia e indústria do País, entre as quais a Abimaq, Abce (consultoria de engenharia), abce (companhias de energia), Abdan, Aben, Abraceel, ABS, Anace, Abraget, Abrate, Clube de Engenharia, Febrae, Sociedade Brasileira de Biociências Nucleares (SBBN), Sociedade Brasileira de Física (SBF), Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN) e Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBR).
NOMES JÁ CONFIRMADOS
- Leonam dos Santos Guimarães, Presidente da ELETRONUCLEAR
- Antonio Carlos Soares Guerreiro, Diretor-Presidente da Amazul
- Carlos Henrique Silva Seixas, Presidente da NUCLEP
- Carlos Freire Moreira, Presidente da INB
- Nicola Mirto Neto, Diretor Comercial da NUCLEP
- Nivalde de Castro – Coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico da UFRJ – GESEL
- Marcelo Gomes, Chefe do Dpto.de Desenvolvi.de Novas Centrais Nucleares da ELETRONUCLEAR
- Claudio Almeida, Presidente da ABEN
- Celso Cunha, Presidente da ABDAN
- INB – Aguardando confirmação do nome
- Olga Simbalista – ABEN
MAIS INFORMAÇÕES
Carlos Emiliano Eleutério / Vera Rocha
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