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Por Insper – Pesquisa do Fórum Econômico Mundial aponta que “erosão da coesão social” e “falhas na ação climática” estão entre os principais motivos de apreensão após a pandemia da covid-19
O Fórum Econômico Mundial publica desde 2006 um relatório anual que monitora as percepções de riscos globais entre especialistas em riscos e líderes mundiais em negócios, governo e sociedade civil. Em sua 17ª edição, divulgada em janeiro, o Relatório de Percepção de Riscos Globais 2022 capturou o sentimento dos entrevistados após dois anos da pandemia da covid-19. E os resultados não poderiam ser mais sombrios. Apenas 16% dos entrevistados se disseram otimistas com o futuro. Os demais 84% estão preocupados com as perspectivas para os próximos anos.
O estudo examina os riscos em cinco categorias: econômico, ambiental, geopolítico, social e tecnológico. Para os entrevistados, “erosão da coesão social”, “crises de subsistência” e “deterioração da saúde mental” são três dos cinco riscos vistos como as ameaças mais preocupantes para o mundo nos próximos anos. Essa cicatriz social agrava os desafios da formulação de políticas nacionais, limitando o capital político, o foco dos líderes e o apoio público necessário para fortalecer a cooperação internacional nos desafios globais.
A saúde do planeta também é uma preocupação dos entrevistados, sobretudo num horizonte de longo prazo. Os riscos ambientais —em particular, “falha na ação climática” e “clima extremo” — aparecem entre os principais riscos citados na pesquisa. No médio prazo, riscos econômicos como “crises da dívida” e “estouro da bolha de ativos” também surgem à medida que os governos lutam para equilibrar as prioridades fiscais. No horizonte de longo prazo, os riscos geopolíticos e tecnológicos também são motivos de preocupação — incluindo “confrontos geoeconômicos”, “contestação geopolítica de recursos” e “falha de cibersegurança”.
A Pesquisa Global de Percepção de Riscos leva em conta os insights de quase 1.000 especialistas e líderes globais em diversas áreas. O relatório de 2022 se baseou também nas opiniões de mais de 12.000 líderes nacionais, que identificaram riscos críticos de curto prazo em 124 países, a partir de uma pesquisa realizada pelo Fórum Econômico Mundial.
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