Para falar sobre a ODS 1 – Erradicação da Fome, a edição do “Diálogos Envolverde, Maratona ODS” ouviu Soninha Francine, jornalista e ex-vereadora de São Paulo.
No bate-papo, Soninha destaca que para cumprir o que prevê esse Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 1 é necessária a identificação de todos os tipos de pobreza. Para ela, pessoas que não têm acesso a transporte de qualidade, alimentos frescos e moradia digna também estão enquadradas em situação de vulnerabilidade. O ODS 1 classifica que pessoas que vivem com US$ 1,25 por dia estão em situação de extrema pobreza.
A ex-vereadora também falou sobre a importância da assistência social para a erradicação da pobreza. Para Soninha, enquanto as metas de 2030 não são alcançadas, o amparo social para pessoas que vivem em todo tipo de vulnerabilidade se faz extremamente necessário. Para ela, são esses serviços que garantem a dignidade de pessoas pobres, enquanto o cenário ideal previsto no Objetivo das Nações Unidas não é conquistado.
O debate também abordou a meta do ODS que trata sobre a necessidade de resiliência dessa população diante de desastres climáticos. Francine lembrou que em grandes cidades, como São Paulo, as enchentes, que também são originadas por desequilíbrios ambientais, precisam de soluções urgentes.
“As pessoas da noite para o dia perdem tudo o que elas tinham. Perdem a casa, perdem o carro, perdem os bens, perdem todos livros da escola, perdem os seus meios de sobrevivência, ferramentas. Então a gente precisa tratar disso, como se trata de um incêndio”. afirma Soninha
Outras metas do ODS também são tratadas na conversa, como o acesso à tecnologia e saúde de qualidade.
Entre os problemas que contribuem para o aumento da pobreza no Brasil, Soninha cita a política nacional de arrecadação e distribuição de impostos que, segundo ela, é extremamente deficitária e reforça as desigualdades do país.