ODS 15

ODS15 -  Vida Terrestre - Mário Mantovani

O ambientalista destacou a importância dos ecossistemas terrestres e reforçou que foram nesses espaços que a sociedade se consolidou, com fenômenos como o ciclo econômico do Brasil, dado através da cana, mineração entre outros.

Para falar do ODS 15 – Vida Terrestre, o “Diálogos Envolverde, Maratona ODS” ouviu Mario Mantovani, ambientalista e diretor da ONG SOS Mata Atlântica.

O ambientalista destacou a importância dos ecossistemas terrestres e reforçou que foram nesses espaços que a sociedade se consolidou, com fenômenos como o ciclo econômico do Brasil, dado através da cana, mineração entre outros. Ele pontuou que nossas terras passaram, ao longo do tempo, por um processo de degradação que precisa ser revertido. Além desse processo, os ecossistemas terrestres também são afetados por queimadas, erosões e agressões naturais. Por isso, o especialista reforça a necessidade da restauração dessas áreas, objetivo previsto em uma das metas deste ODS.

Apesar do cenário preocupante, o diretor da SOS Mata Atlântica afirma que o Brasil evoluiu na proteção desse bioma especificamente, graças a aspectos como a pressão internacional por certificação de origem. Por outro lado, existem problemas que merecem atenção como a questão fundiária, que historicamente ocupa

terras de grupos originários como indígenas e quilombolas e promove o desmatamento dessas áreas.

Sobre povos originários, Mario Mantovani ressalta a importância desses grupos para a preservação de nossos ecossistemas. Segundo ele, é essencial que as florestas sejam utilizadas também para a redução da vulnerabilidade dessas comunidades.

“A gente falou do conhecimento tradicional e como ele é importante para tudo isso que a gente vem fazendo em relação à natureza. Não reconhecer essas comunidades seria determinar não só o fim da floresta, mas o fim da humanidade. Você quando fala que não reconhece a terra indígena, não reconhece o quilombo, não reconhece o direito à vida, eu acho que a gente está colocando em risco a coisa mais sagrada do ser humano, que são  as origens”, completa Mantovani. 

A entrevista aborda ainda outras metas desse ODS como combate à caça ilegal, proteção das espécies e incentivo às pesquisas científicas.

Envolverde