Por DW Brasil –
O gelo marinho em torno da Antártida diminuiu para a menor extensão já registrada no mês de fevereiro, segundo um estudo publicado no jornal científico Avanços em Ciências Atmosféricas.
O gelo marinho em torno da Antártida diminuiu para a menor extensão já registrada no mês de fevereiro, segundo um estudo publicado no jornal científico Avanços em Ciências Atmosféricas.
A conclusão sugere que o continente gelado pode ser mais suscetível às mudanças climáticas do que se imaginava. No final de fevereiro de 2022, a área do oceano coberta por gelo ficou abaixo de dois milhões de quilômetros quadrados pela primeira vez, desde o início dos registros em 1978.
No Ártico, o recorde negativo de cobertura de gelo marinho foi de 3,4 milhões de quilômetros quadrados em 2012, sendo que o segundo e o terceiro ocorreram em 2020 e 2019, respectivamente. A cobertura máxima de gelo marinho tem média de 15 milhões de quilômetros quadrados.
Os polos norte e sul registraram aquecimento de aproximadamente 3º C – ou seja, três vezes a média global – comparado aos níveis de temperatura do século 19.
Qinghua Yang, professora da Universidade Sun Yat-sen e coautora do estudo.
A neve e o gelo refletem mais de 80% da energia do sol de volta ao espaço, enquanto os oceanos absorvem a mesma porcentagem dessa energia.