Com o reconhecimento de duas novas escolas em Goiás e São Paulo, iniciativa passa a contar com 12 escolas que estimulam competências transformadoras em seus alunos.
Por Redação da Envolverde*
O programa Escolas Transformadoras, parceria do Instituto Alana e Ashoka no Brasil, entende a escola como um espaço privilegiado para formar sujeitos de transformação social. Baseada nesse norte, a iniciativa acaba de reconhecer mais duas novas escolas: a Escola Vila Verde, em Alto do Paraíso (GO), e o Centro de Educação de Jovens e Adultos (Cieja), em São Paulo (SP). Agora, a rede conta com 12 escolas brasileiras que inovam ao privilegiar a formação de crianças e jovens como sujeitos de transformação.
Cercada de natureza, a Escola Vila Verde foi fundada por um grupo de pais e promove a empatia por meio de práticas de cuidado com o outro, em um ambiente construído diariamente pelo exemplo dos educadores. Já o Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos (Cieja) lutou durante anos para modificar a legislação e garantir a permanência do projeto que hoje orienta todos os Ciejas do município de São Paulo, e além de se tornar um polo de resistência e transformação social no bairro do Campo Limpo, em São Paulo, é referência na formação política e social de jovens e adultos.
“O programa Escolas Transformadoras identifica boas experiências de escolas inovadoras e criativas, que formam jovens inspiradores e mobiliza a comunidade de educação brasileira a conhecer o trabalho de outras escolas e equipes. Há muita escola interessante nos diferentes cantos do Brasil, e essas duas novas parceiras enriquecem ainda mais essa rede”, destaca Ana Cláudia Leite, diretora de Educação e Cultura da Infância do Instituto Alana.
Lançado em setembro de 2015, a iniciativa busca identificar equipes de escolas que cultivam em seus alunos competências transformadoras, como a empatia, a criatividade, o trabalho em grupo e o protagonismo social. Essas duas novas escolas agora se unem a outras dez instituições de ensino que já integram a rede: Escola Amigos do Verde (Porto Alegre – RS); Colégio Viver (Cotia – SP); Colégio Equipe (São Paulo – SP); EMEF Amorim Lima (São Paulo – SP); EMEF Acliméa Nascimento (Teresópolis – RJ); Escola Rural Dendê da Serra (Serra Grande – BA); Escola Vila (Fortaleza – CE); EM Prof. Paulo Freire (Belo Horizonte – MG); EM Anne Frank (Belo Horizonte – MG) e Escola Comunitária Luiza Mahin (Salvador – BA).
“Nossa missão é articular uma comunidade global composta de muitas equipes de escolas conectadas a um ecossistema de apoio mais amplo capaz de criar a demanda social necessária para que cada criança e cada jovem tenha acesso a um ambiente e experiências que são explicitamente pensadas para cultivar suas competências transformadoras”, explica Flavio Bassi, diretor de empatia e Escolas Transformadoras da Ashoka na América Latina.
O mapeamento continuará durante os próximos anos. Para integrar a rede, as escolas passam por um rigoroso processo que inclui autoavaliação, visita técnica, banca com fellows Ashoka e especialistas convidados. A comunidade de Escolas Transformadoras conta com mais de 200 escolas em 28 países de todos os continentes.
Sobre o Instituto Alana
O Instituto Alana é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que aposta em projetos que buscam a garantia de condições para a vivência plena da infância. Criado em 1994, o Instituto conta hoje com projetos próprios e com parceiros e é mantido pelos rendimentos de um fundo patrimonial desde 2013. Tem como missão “honrar a criança”.
Sobre a Ashoka
A Ashoka é uma organização social global fundada em 1981 que congrega mais de três mil empreendedores sociais em 84 países e busca colaborar na construção de um mundo em que Todos Podem Ser Transformadores (Everyone a Changemaker), no qual qualquer pessoa pode desenvolver e aplicar as habilidades necessárias para solucionar os principais problemas sociais que hoje enfrentamos. (#Envolverde)
* Com informações do Instituto Alana.