Economia

Bm&FBovespa divulga a 10ª carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial

O índice é uma ferramenta de análise da performance das empresas listadas na BM&FBovespa sob o aspecto da sustentabilidade corporativa, tendo por base critérios como eficiência econômica, equilíbrio ambiental, justiça social e governança corporativa. Foto: Divulgação
O índice é uma ferramenta de análise da performance das empresas listadas na BM&FBovespa sob o aspecto da sustentabilidade corporativa, tendo por base critérios como eficiência econômica, equilíbrio ambiental, justiça social e governança corporativa. Foto: Divulgação

 

Número de empresas que autorizaram a abertura das respostas do questionário subiu de 22 para 34, aumento de 55% para 85% da carteira 

São Paulo, 26 de novembro de 2014 – A BM&FBOVESPA anunciou hoje a décima carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), que vai vigorar de 05 de janeiro de 2015 a 02 de janeiro de 2016. A nova carteira reúne 51 ações de 40 companhias. Elas representam 19 setores, um a mais que em 2014, e somam R$ 1,22 trilhão em valor de mercado, o equivalente a 49,87% do total do valor das companhias com ações negociadas na BM&FBOVESPA com base no fechamento de 24/11/2014 (no ano anterior, somavam R$ 1,14 trilhão em valor de mercado, o equivalente a 47,16% do total – com base no fechamento de 26/11/2013).

Das 40 empresas selecionadas, quatro são novas: JSL, B2W DIGITAL, LOJAS AMERICANAS e LOJAS RENNER, as três últimas responsáveis pelo ingresso do setor “Comércio” ao ISE. O aumento no número de setores amplia a atratividade para o investidor, pela maior diversificação, e também demonstra que o movimento de Sustentabilidade ganha maturidade ao estender o seu alcance setorial.

A décima carteira do ISE também traz expressivo aumento da transparência por parte das companhias. O número de empresas que autorizaram a abertura das respostas do questionário saltou de 22 para 34 (ver quadro abaixo) e agora representa 85% do total da nova carteira. No ano passado, representava 55%. As respostas serão publicadas dia 26/11, à tarde, no site do índice: www.isebvmf.com.br.

Este ano, o processo do ISE contou novamente com a Asseguração da KPMG, que emitiu uma carta sem ressalvas em relação ao processo ISE, o que contribui para conferir ainda mais credibilidade aos procedimentos. Além disso, o ISE segue com a parceria de monitoramento diário de imprensa com a empresa Imagem Corporativa.

Foram convidadas para participar da carteira as 182 companhias que detinham as 200 ações mais líquidas da Bolsa na virada da carteira em janeiro de 2014. Destas, 49 concorreram em uma ou mais categorias (46 Elegíveis à carteira, 01 como Treineira e 08 no Simulado).

 

Nova Carteira – 2015

ISEtabela
     * Empresas que autorizaram a abertura das respostas do questionário

 

Raio X da carteira

 

  • 65% possuem Comitê de Sustentabilidade que se reporta ao Conselho de Administração (2013: 58%) e 63% contam com conselheiros de administração neste comitê (2013: 58%).
  • 98% possuem diretoria responsável por questões relativas à sustentabilidade que se reporta diretamente ao primeiro escalão (2013: 95%).
  • 83% possuem política corporativa sobre mudanças climáticas aprovada pelo CA ou pela alta direção.
  • 65% possuem um sistema de remuneração variável que prevê a correlação entre os riscos assumidos, a remuneração efetivamente paga e o resultado da companhia (2013: 53%).
  • 63% acompanham sistematicamente os indicadores de sustentabilidade e com a mesma frequência das informações financeiras (2013: 50%).
  • 84% das empresas declaram que divulgam inventário de emissões de GEE. 67% se comprometeram com metas de redução de GEE e, destas, 49% atingiram seus objetivos ou mesmo os superaram. 33% das empresas não estabeleceram metas.
  • A incorporação de requisitos ambientais no projeto de novos produtos/serviços, processos ou empreendimentos é uma prática em 77% das empresas da carteira.

 

Sobre o ISE

  • O Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) foi criado em dezembro de 2005, sendo o quarto do tipo no mundo (1º: Nova Iorque; 2º: Londres; 3: Johanesburgo).
  • Seus objetivos são atuar como indutor de boas práticas no meio empresarial brasileiro e ser uma referência para o investimento socialmente responsável.
  • O ISE reflete o retorno médio de uma carteira teórica de ações de empresas de capital aberto e listadas na BM&FBOVESPA com as melhores práticas em sustentabilidade.
  • Seu desenho metodológico é de responsabilidade do Centro de Estudos em Sustentabilidade (GVces) da FGV-EAESP e tem por base um questionário com sete dimensões: Ambiental, Social, Econômico-Financeira, Governança Corporativa, Geral, Natureza do Produto e Mudanças Climáticas. A avaliação das empresas é feita em dois âmbitos: quantitativo (respostas do questionário) e qualitativo (envio de documentos comprobatórios de forma amostral).
  • O ISE tem como parceiros ainda: KPMG, parceiro de Asseguração de processo; e Imagem Corporativa, parceiro de monitoramento de imprensa.
  • O índice é calculado pela BM&FBOVESPA em tempo real ao longo do pregão, considerando os preços dos últimos negócios efetuados no mercado à vista. São convidadas a participar do processo as empresas que detém as 200 ações mais negociadas no pregão em termos de liquidez.
  • O ISE conta com uma opção ao investidor atento a esta agenda. Trata-se do ETF ISUS11 (fundo de índice), listado em 31/10/2011. Os fundos de índices, conhecidos no mundo todo como ETFs (Exchange Traded Funds), são espelhados em índices e suas cotas são negociadas em Bolsa da mesma forma que as ações.
  • O mais alto nível de governança do ISE é o CISE – Conselho Deliberativo do ISE, presidido pela BM&FBOVESPA, e composto por mais 10 entidades: Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec), Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), Grupo de Institutos Fundações e Empresas (GIFE), Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (IBRACON), Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, International Finance Corporation (IFC), Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e Ministério do Meio Ambiente.