A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse hoje (23) que o governo federal busca uma forma de regulamentar a utilização de água de reúso. Segundo a ministra, essa normatização já está sendo debatida nos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro. “É uma discussão no Brasil. Nós vamos pegar a experiência internacional e coordenar isso. Qual é o melhor caminho, se precisa de lei, decreto ou norma. Hoje, não há legislação definida”, ressaltou Izabella sobre a necessidade de uma norma nacional sobre o tema.
De acordo com a ministra, empresários têm apresentado demandas para amenizar as restrições legais que impedem o reúso de água nas indústrias. “Temos que ser mais eficientes na gestão de água na questão de irrigação e industrial. Resolver a burocracia em relação ao reúso de água industrial. Se há entraves legais, é importante que a gente avance o debate na sociedade brasileira e modernize isso”, acrescentou, após a abertura do Seminário Internacional sobre Gestão da Água em Situações de Escassez.
Sobre a atual crise hídrica que atinge a Região Sudeste, Izabella disse que vai esperar o fim das chuvas para avaliar a situação. “Temos um fenômeno meteorológico acontecendo. É o quarto ano com menos chuvas do que o esperado”, ressaltou. Lembrou que, no ano passado, São Paulo teve o pior período de chuvas da história. Em 2014, choveu 40% menos do que em 1953, considerado o ano com a pior estiagem até então.
A ministra disse, no entanto, que a expectativa é que o regime de chuvas se normalize em breve. “Ninguém espera que isso permaneça por muito tempo”, enfatizou. Izabella disse ainda que o executivo federal está apoiando os governos estaduais com as obras para aumentar a capacidade de abastecimento. “Continuamos negociando com os governos estaduais do Sudeste as propostas de investimento que eles apresentam”.
Além disso, o governo está elaborando um plano para assegurar o abastecimento de água mesmo em situações climáticas extremas. “Estamos fazendo o Plano Nacional de Segurança Hídrica. Começamos no ano passado, com a Agência Nacional de Águas e o Ministério da Integração Nacional”. (Agência Brasil/ #Envolverde)
* Edição: José Romildo.
** Publicado originalmente no site Agência Brasil.