Por Leno F. Silva* 

A obra “A Metamorfose”, de Franz Kafka, completa 100 anos. Por aqui esse substantivo feminino que define a nossa capacidade de se transformar ganhou tons Pop quando Raul Seixas cantou: “Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”.

A vida nos convida a exercitar transformações. Quanto mais conscientes somos dos nossos papéis e das nossas responsabilidades, mais nos sentimos livres para revisitar escolhas, opiniões e práticas, na busca de aprimorarmos a maneira de ser e estar nesse mundo.

O mundo encontra-se conturbado, repleto de conflitos, guerras, disputas, intolerâncias, concentração de riquezas, êxodos crescentes, sistema  econômico em colapso, esgotamento das matrizes energéticas fósseis, riscos de aquecimento global e práticas de corrupção reveladas em distintos países envolvendo governantes, empresários e até representantes de instituições tidas como padrão de excelência, como a FIFA.

Que tal aproveitar o centenário de “A Metamorfose” para cada um refletir sobre o que é e o que fazer para se transformar e contribuir para as mudanças que muitas vezes apontamos no outro, mas que não somos capazes de imprimir em nós mesmos. Por aqui, fico. Até a próxima. (#Envolverde)

* Leno F. Silva escreve semanalmente para Envolverde. É sócio-diretor da LENOorb – Negócios para um mundo em transformação e conselheiro do Museu Afro Brasil. É diretor do IBD – Instituto Brasileiro da Diversidade, membro-fundador da Abraps – Associação Brasileira dos Profissionais de Sustentabilidade, e da Kultafro – rede de empreendedores, artistas e produtores de cultura negra. Foi diretor executivo de sustentabilidade da ANEFAC – Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade. Editou 60 Impressões da Terça, 2003, Editora Porto Calendário e 93 Impressões da Terça, 2005, Editora Peirópolis, livros de crônicas.