Por Leno F. Silva*
Viva a imperfeição que nos permite enxergar e aprender com as nossas falhas, os nossos erros e os nossos acertos.
Errar e acertar são facetas que caminham juntas e, muitas vezes, são distintas e produzem resultados diferentes dependendo do ponto de vista e da maneira como uma determinada realidade ou acontecimento estão abrigados dentro de você e das leituras pelas quais a sua órbita gira nesse mundo.
Nos processos industrializados, por meio dos quais é possível produzir em série, por exemplo, um aparelho celular, a perfeição é indispensável e mesmo nesses casos alguns escapam do controle rigoroso e saem de fábrica com defeito.
Nas atividades humanas e inter-relacionais, nas quais existem intensas interações com pessoas, gente de carne e osso, as possibilidades de falhas e erros são tamanhas e nem sempre provocam prejuízos ou são passíveis de punições.
Os modelos punitivos de erros estão ligados às estruturas de poder as quais desconsideram as sutilezas inerentes às relações entre seres humanos e às forças positivas ou negativas as quais emanam e se impõem em determinados ambientes ou situações.
Ser imperfeito, a meu ver, oferece a cada um de nós oportunidades infinitas de aprimoramentos para viver melhor cada instante e, com equilíbrio, serenidade e compaixão, fazer as escolhas as quais somos convidados a decidir em nossa existência para estar bem consigo, com as pessoas e com o universo. Por aqui, fico. Até a próxima. (#Envolverde)
* Leno F. Silva escreve semanalmente para Envolverde. É sócio-diretor da LENOorb – Negócios para um mundo em transformação e conselheiro do Museu Afro Brasil. É diretor do IBD – Instituto Brasileiro da Diversidade, membro-fundador da Abraps – Associação Brasileira dos Profissionais de Sustentabilidade, e da Kultafro – rede de empreendedores, artistas e produtores de cultura negra. Foi diretor executivo de sustentabilidade da ANEFAC – Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade. Editou 60 Impressões da Terça, 2003, Editora Porto Calendário e 93 Impressões da Terça, 2005, Editora Peirópolis, livros de crônicas.