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Chico, o filme: oportunidade para ver mais o homem do que o artista

Por Leno F. Silva*

Chico Buarque de Hollanda está à vontade no documentário em cartaz nos cinemas de todo o País. Falante, desenvolvo e sincero, passa a limpo a sua carreira e boa parte de sua vida.

Em quase duas horas, o documentário privilegia as manifestações do cantor-escritor que solta o verbo como se estivesse conversando com cada um dos espectadores no sofá do seu apartamento na cidade maravilhosa.

O filme resgata cenas dos festivais da canção e de suas apresentações em shows com Caetano Veloso e Gilberto Gil; trechos do período em que, por razões políticas, ele morou na Itália, mais registros bem humorados de histórias com João do Vale e, ainda, depoimentos de Ruy Guerra, Hugo Carvana, Edu Lobo, Miúcha  e Maria Bethânia.

As rugas e olhos azuis estão presentes o tempo todo, como também o sorriso e a leveza de um brasileiro que vive só, e que está aprendendo, como avô dedicado, a se relacionar pessoal e musicalmente com a trupe de netos.

Como um show dividido, as músicas que compõem a trilha sonora são interpretadas por consagrados nomes da MPB e por outros desconhecidos do grande público, como duas patrícias portuguesas. Milton Nascimento, Ney Matogrosso, Mônica Salmaso, Adriana Calcanhoto, Mart’Nália, Péricles, dentre outros, emprestam as suas vozes para as suas maravilhosas canções.

Cada vez mais escritor, Chico encontra-se feliz e vivendo do presente. Para quem conhece as suas letras, as suas sensíveis e engajadas canções, o documentário é uma oportunidade de ver mais o homem do que o artista. Por aqui, fico. Até a próxima.

Serviço:

Título: Chico – Artista Brasileiro

Diretor: Miguel Faria Jr.

Gênero: Documentário

Produção: Brasil

Duração: 116 minutos

Classificação: livre

https://www.youtube.com/watch?v=tmX0SU_4hU4