22 de setembro é Dia da Fauna
Escolhi me dedicar à Avifauna pelo estarrecedor estudo que li, publicado recentemente na revista Science.
À semelhança de um levantamento semelhante, feito na Europa – que compreendeu a comparação de séries históricas de 1980 a 2010 – os EUA e Canadá, com o auxílio de 143 radares e uma equipe internacional de cientistas comprovam fatos que nos assustam e alertam. O período considerado foi de 1970 a 2019. Em 50 anos houve declínio de 75% da população de pássaros, em algumas espécies específicas o número é ainda maior. O estudo europeu falava de Armagedom dos pássaros. O americano nos desenha um mundo próximo – devido à aceleração da extinção – sem pardais (90 % menos), cotovias e estorninhos (75% menos). Declínio acelerado na população de andorinhas e codornas.
3 bilhões a menos a população de pássaros, considerando todas as espécies selecionadas.
No estudo foram avaliadas as 529 espécies mais comuns na região.
No Brasil não há estudo similares. Os conservacionistas brasileiros ainda colocam foco nas espécies ameaçadas e não fazem inventário da população geral.
Estima-se que além do tráfico ilegal de aves, e da urbanização que diminui o habitat natural dos pássaros, a maior causa de mortandade deles hoje é causadas por pesticidas e herbicidas utilizados em lavouras.