Em várias ditaduras do mundo árabe, jovens mostraram como usar as redes sociais para protestar contra a violência. Começa nesta semana em São Paulo uma experiência semelhante contra uma violência que não vem diretamente do governo, mas mata e fere todos os dias –e é estimulada pela omissão dos governantes. Só ontem, na cidade de São Paulo, foram 20 vítimas.
Emocionados com a morte do amigo Vitor Gurman, atropelado por um carro em alta velocidade, jovens estão se mobilizando para transformar a tragédia num efeito pedagógico.
Estão preparando para o próximo sábado (o detalhamento está no www.catracalivre.com.br) intervenções pela cidade.
Mas querem atingir milhões, chegando ao Brasil, usando as redes sociais via Facebook ou Twitter, para a qual criaram a rashtag #vivavitao, acompanhada a frase “não espere perder um amigo para mudar sua atitude no trânsito”.
Para ver a gravidade da violência, basta ver que, no primeiro dia do programa de multas para quem não respeita o pedestre, com centenas de fiscais espalhados pela cidade de São Paulo, foram 20 atropelados.
* Gilberto Dimenstein é colunista e membro do Conselho Editorial da Folha de S.Paulo, comentarista da rádio CBN, e fundador da Associação Cidade Escola Aprendiz.
** Publicado originalmente no Portal Aprendiz.