As florestas atuam como grandes reservatórios de carbono, absorvendo dióxido de carbono (CO2) na atmosfera durante o processo de fotossíntese. Esse processo não só ajuda a reduzir a quantidade de gases de efeito estufa na atmosfera, mas também contribui para a produção de oxigênio, essencial para a vida na Terra. Além disso, as florestas influenciam o ciclo hidrológico, auxiliando na formação de chuvas e na manutenção da umidade do solo, o que é fundamental para a agricultura e para o abastecimento de água potável.
A importância das florestas para a regulação do clima é inegável, mormente pelo fato delas ajudarem a moderar as temperaturas, reduzindo extremos climáticos. Em regiões urbanas, por exemplo, áreas verdes podem reduzir o efeito de ilha de calor, proporcionando um ambiente mais fresco e agradável. Em escala global, as florestas tropicais, como a Amazônia, são conhecidas como “pulmões do mundo” devido à sua capacidade de absorver grandes quantidades de CO2 e liberar oxigênio.
Para o setor privado, a preservação das florestas é igualmente importante. Empresas que dependem de recursos naturais, como madeira, água e produtos agrícolas, têm um interesse direto na conservação desses ecossistemas. A degradação florestal pode levar à escassez de recursos, aumento dos custos de produção e até mesmo à interrupção das cadeias de suprimentos. Além disso, a responsabilidade ambiental é cada vez mais valorizada pelos consumidores, que preferem apoiar empresas comprometidas com práticas sustentáveis.
Investir na preservação das florestas também pode trazer benefícios econômicos significativos. O ecoturismo, por exemplo, é uma indústria em crescimento que depende da existência de áreas naturais bem conservadas. Empresas que promovem o turismo sustentável podem gerar empregos e renda, ao mesmo tempo em que incentivam a conservação ambiental. Além disso, iniciativas de reflorestamento e manejo florestal sustentável podem ser elegíveis para créditos de carbono, proporcionando uma fonte adicional de receita para as empresas.
A colaboração entre o setor privado, governos e organizações não governamentais (ONGs) é essencial para a proteção das florestas. Programas de certificação, como o FSC (Forest StewardshipCouncil), ajudam a garantir que os produtos florestais sejam obtidos de maneira sustentável, promovendo práticas de manejo que respeitam o meio ambiente e as comunidades locais. Além disso, políticas públicas que incentivam a conservação e o uso sustentável das florestas são fundamentais para garantir a proteção desses ecossistemas a longo prazo.
Diante disso, as florestas são fundamentais para a regulação do clima e para a manutenção da vida na Terra. A celebração do “Dia da Floresta e do Clima” nos lembra da importância de proteger esses ecossistemas e de promover práticas sustentáveis que beneficiem tanto o meio ambiente quanto a sociedade. O setor privado tem um papel ímpar nesse esforço, e a adoção de práticas responsáveis pode trazer benefícios econômicos e ambientais significativos. Assim, a preservação das florestas é uma responsabilidade compartilhada que exige a colaboração de todos os setores da sociedade.
*João Pedro Zorzi Octaviano é especialista em Direito Ambiental e Regulatório do escritório Renata Franco Sociedade de Advogados.