Brasília – Representantes dos 71 países que desenvolvem programas de energia nuclear concluíram hoje (14) que os acidentes radioativos na Usina Nuclear de Fukushima Daiichi (no Nordeste do Japção) devem servir de lição para o restante do mundo. A conclusão é da Convenção de Segurança Nuclear, em Viena, na Áustria.
A convenção ocorre a cada três anos e não tem poder de impor aos membros normas de segurança. “As partes se comprometem a tirar conclusões e a agir a partir das lições do acidente de Fukushima”, diz o documento, assinado pelos representantes dos 71 países e pela Comunidade Europeia da Energia Atômica.
A Usina de Fukushima registrou explosões e vazamentos radioativos em decorrências de falhas causadas no sistema provocadas pelo terremoto seguido por um tsunami do dia 11 de março. A água, o ar e até plantas e animais da região foram contaminados por radiação. Os acidentes geraram um debate sobre a segurança da energia nuclear e a necessidade de adotar regras mais rigorosas para os países que têm programas na área.
No último dia 4, o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), Yukiya Amano, advertiu que, após a catástrofe de Fukushima, a indústria nuclear não pode continuar “como se nada tivesse acontecido”.
*Publicado originalmente na Agência Lusa e retirado da Agência Brasil.