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Agenda de ESG é importante para a sustentabilidade das empresas

Digital Governance Conference (DGC), realizado pela Atlas Governance, trouxe Sonia Consiglio para a discussão de ESG

Governança Ambiental, Social e Corporativa, as três letras da sigla ESG, são o destaque da primeira edição do Digital Governance Conference (DGC), realizada na última terça, 24 de maio. O evento reuniu cerca de 800 profissionais de governança. Capitaneado pelo CEO da Atlas Governance, Eduardo Shakir Carone e teve diversas participações especiais, dentre elas, Sonia Consiglio, autoridade em ESG no Brasil – que, em 2016, foi reconhecida pelo Pacto Global da ONU como “SDG Pioneer”, uma das dez pessoas do mundo que trabalham pelo avanço dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Em sua palestra, Sonia trouxe a importância de empresas praticarem ESG, com a essencial presença das lideranças. Dentre os assuntos, ela apresentou temas emergentes em ESG nas organizações, desde os primeiros passos, na fase de implantação, até o alinhamento organizacional para o sucesso da estratégia. “Quando a atuação em sustentabilidade começa da maneira correta, ela entra na agenda do CEO e dos líderes, mantendo-os engajados. É preciso fazer sentido para o business, ser simples e acessível e ter alinhamento desde a base da empresa até a alta administração: ou seja, é muito importante associar essas práticas à cultura da organização para funcionar”, afirma Sonia, que também é presidente do Conselho Consultivo da GRI Brasil.

A palestrante observa que o consumidor consciente tem cada vez mais impacto no ambiente de negócios. Pesquisa da empresa californiana Korn Ferry aponta que seis em cada dez consumidores estão dispostos a mudar hábitos de compra devido a questões ambientais. “O consumidor tem o poder de decisão sobre o produto, uma força que ele exerce sobre a empresa. Porém, essa relação sofre muito impacto da situação socioeconômica. Ninguém é contra comprar um produto que respeite o meio ambiente. Mas o custo mais elevado pode fazer com que o cliente não compre, pois a conta precisa fechar no fim do mês”, pondera Sonia.

O custo do produto sustentável, porém, não é necessariamente o fator determinante. Afinal, como Sonia explica, as pessoas que confiam na marca, tendem a ser mais abertas a comprar produtos que causem menos impactos sociais e ambientais. Boa parte das empresas que se preocupam com a responsabilidade ambiental também tem conseguido reduzir custos e, dessa forma, ganharam mais apoio do consumidor.

A mensuração é importante para gerenciar esses processos e a maturidade de uma organização em aspectos ESG, e pode ser realizada por meio de relatórios, dados e estudos, como GRI (Global Reporting Initiative) e Sasb (Sustainability Accounting Standards Board). “Outra boa ferramenta são os índices de sustentabilidade, por meio dos quais a empresa responde dados e passa a ter uma análise de como está no mercado. O Brasil é o quarto a ter um indicador mundial para empresas em sustentabilidade. Não estamos nada atrasados nesse quesito”, afirma a SDG Pioneer.

Sonia conclui dizendo que a agenda ambiental, social e de governança é irreversível para as empresas, tanto para as multinacionais quanto para os pequenos empreendedores. “Temos empresas jovens e CEO que já chegam com o chip de ESG, que privilegiam a agenda da sustentabilidade. O líder que não perceber isso corre sérios riscos com sua equipe e no engajamento do time. Como disse Al Gore, ambientalista e ex-vice-presidente dos Estados Unidos, essa é uma revolução de sustentabilidade que acontece na magnitude da revolução industrial e na velocidade da revolução digital”, finaliza.

Empresas premiadas em ESG

O DGC também contou com a terceira edição da premiação Digital Governance Awards (DGA), que conferiu 20 troféus a profissionais de cinco empresas com resultados de excelência em práticas de ESG em 2021. Dividido nas categorias Capital Aberto, Capital Fechado, Cooperativa, Estatal e Sem Fins Lucrativos, a Atlas condecorou, respectivamente, as seguintes companhias: Randon, do setor de transporte, sediada em Caxias do Sul (RS) e presente em mais de cem países; Duas Rodas, pioneira na extração de óleos essenciais, de Jaraguá do Sul (SC), com unidades em São Paulo, Sergipe, Argentina, Chile, Colômbia e México; Sicoob Cocre, cooperativa de crédito do Sistema Sicoob, com matriz em Piracicaba (SP); Eletronorte, subsidiária da Eletrobras; e Regius, empresa de planejamento financeiro, ambas sediadas em Brasília.

“Foram mais de 400 organizações brasileiras analisadas para chegar ao líder de cada segmento”, informa o CEO da Atlas Governance, Eduardo Carone. “Os critérios, todos baseados em uso de plataformas digitais, foram preparação para as reuniões, com o fornecimento de materiais e interação entre participantes, dinâmicas mais deliberativas que expositivas, e participação e formalização das reuniões de forma digital”, complementa.

Empresas de destaque em ESG premiadas pelo Digital Governance Awards 2022
Capital Aberto – Randon (Caxias do Sul, RS)

Capital Fechado – Duas Rodas (Jaraguá do Sul, SC)

Cooperativa – Sicoob Cocre (Piracicaba, SP)

Estatal – Eletronorte (Brasília, DF)

Sem Fins Lucrativos – Regius (Brasília, DF)

Sobre a Atlas Governance:

Fundada em 2016 por Eduardo Carone, a startup Atlas Governance desenvolveu o maior software de governança da América Latina, o Atlas. Atualmente está presente em países como Brasil, México, Colômbia, Peru, Chile e Argentina. Mais de 400 organizações latino-americanas utilizam o sistema da empresa, totalizando mais de 12 mil conselheiros e profissionais de governança embarcados.

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