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Agenda global de desenvolvimento

Em setembro deste ano, entram em vigor os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que valem até 2030. Trata-se de uma agenda, acordada durante a Rio+20, com 17 objetivos, 169 metas e cerca de 300 indicadores. De olho nesse cenário, associados do GIFE – uma organização sem fins lucrativos com foco na área social – já iniciaram debates sobre a agenda global de desenvolvimento pós-2015 e sua relação com a área de saúde. Um dos encontros foi a Rede Temática em Saúde GIFE, em que foram discutidas tendências do setor e interesses comuns, além da troca de experiências, articulação de estratégias de advocacy e mobilização. “Precisamos refletir a agenda dos ODS e seus meios de implementação, considerando que o ambiente político-econômico é bastante desfavorável no cenário mundial e no Brasil”, disse Sérgio Andrade, diretor executivo da Agenda Pública. De acordo com Fernanda Lopes, representante auxiliar do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), os ODS apresentam vários desafios para o campo da saúde. “A lógica da nova agenda se volta em não deixar ninguém para trás. Estamos falando em universalização e também em entendimento da particularidade de cada grupo. São, pelo menos, 16 metas que, de uma forma ou outra, estão intrinsecamente ligadas com o tema saúde”, afirmou. Os dois especialistas reforçaram também que não será possível avançar nos objetivos sem um arranjo multisetorial. Ou seja, o principal desafio para a concretização dos ODS no País é fazer com que o governo, as empresas e as organizações da sociedade civil pensem e ajam em conjunto. Periodicamente, o GIFE realiza encontros presenciais das Redes Temáticas GIFE. Trata-se de grupos formados por associados para debater os principais temas da atualidade e buscar soluções conjuntas para desafios nas áreas de educação, desenvolvimento, direitos, políticas públicas e saúde. (Envolverde)