O boxe é um esporte olímpico que exige muita agilidade e preparo físico. Ele ajuda na coordenação motora e é ótimo para queimar calorias. Em uma hora de aula, a pessoa pode perder até 1.200 calorias. O estudante Ricardo Guerra, de 20 anos, conta o que mudou na sua vida há cinco anos, quando começou a praticar o esporte. “Desde quando eu comecei a praticar boxe, minha coordenação motora melhorou bastante, minha consciência corporal e minha preparação física melhoraram bastante. O boxe envolve o corpo como um todo, não uma parte separada.”
A preparadora física Fabiana Veloso explica como é uma aula de boxe. “O boxe é um exercício com alta capacidade aeróbica, focando no fortalecimento muscular, cardiorrespiratório. Precisa de todo um preparo de aquecimento, alongamento, fortalecimento muscular. No começo vai fazer toda uma parte de aprendizado, exercícios para coordenação, flexibilidade. A aula tem que ser bem completa, a parte de aquecimento, alongamento e a parte específica.”
O ortopedista do Hospital Federal do Andaraí, no Rio de Janeiro, vinculado ao Ministério da Saúde, Mário Henrique Loureiro, conta o que pode acontecer quando a pessoa não está preparada para o esforço que o boxe exige do corpo. “O problema que você tem são as dores articulares, principalmente na nuca e problema no ombro. É muito comum, se a pessoa não souber como socar, apresentar fraturas dos chamados ossos da mão ou as alterações do próprio punho. A coluna é mais difícil. O que ele pode ter mesmo são alterações, às vezes, para os pés e para o joelho, mas a probabilidade maior é ombro, cotovelo, punho e mão. Se for levar em consideração o adversário, ai começa a ter as lesões do tipo crânio encefálicas, que são os traumatismos cranianos.”
No geral, as recomendações para quem pratica boxe de forma amadora são as mesmas das outras modalidades: fazer exercícios físicos com moderação e sempre acompanhados de um profissional.
* Publicado originalmente no Blog da Saúde.