Frequentemente os alunos reclamam da chatice do ensino em geral – e do ensino das ciências, em particular. No caso brasileiro, soma-se o problema da falta e da pouca qualificação dos professores.

Por isso, vale a pena prestar atenção no jeito que a Escola de Engenharia de Harvard está inovando o ensino de física e culinária ao mesmo tempo.

Eles chamam alguns dos melhores chefes de cozinha do mundo para demonstrar aos alunos seus experimentos culinários. Depois, os professores tratam de encaixar os princípios da física e da química. A prova final é a receita original de cada aluno, justificada com princípios científicos.

Quanto mais trouxermos o cotidiano para a sala de aula, melhor serão os alunos.

Imagine falar em sala de aula da recente descoberta de que quem come chocolate regularmente tem menos massa corporal, revelando como funcionam as calorias. Afinal, o que se falava até agora é que chocolate apenas engorda.

Está aí um bom (e desprezado) item na sucessão municipal: como um prefeito pode melhorar o currículo escolar. Afinal nenhuma tarefa é mais importante a um governante do que melhorar a educação.

* Gilberto Dimenstein é colunista e membro do Conselho Editorial da Folha de S.Paulo, comentarista da rádio CBN, e fundador da Associação Cidade Escola Aprendiz.

** Publicado originalmente no site Portal Aprendiz.