Complicações no coração e no sistema circulatório são causas de pelo menos uma em cada dez mortes no mundo; médicos alertam para aumento do número de casos nos próximos anos.
Nesta quinta-feira, 29, foi celebrado o Dia Mundial do Coração. Em várias partes do mundo foram realizadas atividades por organizações como a Federação Mundial do Coração e parceiros para demonstrar a importância de preservar a saúde cardiovascular.
Complicações no sistema circulatório e no coração são responsáveis por 10% das mortes em todo o mundo.
Estilo de vida
Segundo os médicos, o estilo de vida é um dos principais fatores para o surgimento de problemas cardiovasculares.
O cardiologista Albertino Damasceno, do Ministério da Saúde de Moçambique, contou à Rádio ONU, de Nova York, que mesmo com investimentos em equipamentos médicos, é preciso investir na promoção de hábitos saudáveis.
“Nós temos duas perspectivas. Uma é criarmos bons hospitais e formarmos muitos médicos para tratar os doentes que vêm aí. Mas nunca teremos capacidade para isso; aliás, nem os países ricos têm capacidade. O que nós temos é que combater os fatores de risco, uma vez que eles nos dão ainda algum tempo. Isto é, entre o aparecimento dos fatores de risco e da doença decorrem duas a três décadas”, diz.
Segundo o médico, dieta e exercícios físicos são a melhor forma de prevenção.
“Nós temos que fazer com que as pessoas diminuam o consumo de sal, controlem a pressão arterial, façam exercício físico regular, comam adequadamente e não bebam em excesso. Nós vamos diminuir de fato esta bomba-relógio que está a aparecer nos próximos tempos”, adverte.
Doenças crônicas não transmissíveis
Os problemas cardiovasculares são considerados doenças crônicas não transmissíveis. O grupo de doenças como derrame e enfarto está no foco das atenções Organização das Nações Unidas (ONU).
Neste mês, durante a Assembleia Geral, a ONU colocou o assunto em debate de alto nível, reunindo representantes de governos de vários países.
O encontro clamou por um esforço global na luta contra o problema, que vem crescendo junto ao processo de urbanização.
O ministro da Saúde do Brasil, Alexandre Padilha, também participou do evento, que contou com a presença de chefes de Estado e de governo, incluindo a presidente Dilma Rousseff.
* Apresentação: Leda Letra.
** Publicado originalmente no site da Rádio ONU.