Um olhar fascinante sobre uma peculiar e bem-sucedida empresa privada

A competição entre diferentes unidades de negócios e empregados é encorajada. Foto: Reprodução/The Economist
A competição entre diferentes unidades de negócios e empregados é encorajada. Foto: Reprodução/The Economist

A Koch Industries, um conglomerado de petróleo, gás e commodities sediado em Wichita, Kansas, é uma das grandes histórias de sucesso do panorama americano, com mais de 100 mil empregados em todo o mundo e uma receita anual de cerca de US$ 15 bilhões.

Kock (pronuncia-se como “coke”, em inglês) é a maior empresa de capital fechado americana depois da Cargill, outra gigante das commodities. Charles Koch, o segundo filho do Fred Koch, o fundador, já morto, é sem dúvida o chefe da empresa.

Charles acredita que continuar sem negociar as ações da sua empresa traz muitas vantagens. Por serem poupadas da necessidade de revelar dados sobre seus balanços e governança corporativa, o que as empresas abertas precisam fazer, Koch pode evitar dar dicas para suas concorrentes, e pensar no longo prazo e agir rapidamente no momento em que detecta uma boa oportunidade de compra. Acima de tudo, tal condição liberta o grupo de se focar incansavelmente no crescimento.

Charles administra a Koch de acordo com os princípios que ele chama de gestão baseada em mercado. A competição entre diferentes unidades de negócios e empregados é encorajada, e todos os trabalhadores recebem uma permissão generalizada para tomarem decisões sem reportarem a seus superiores. O sistema é altamente democrático. A Koch tem uma estrutura organizacional estranhamente “plana” para uma empresa desse tamanho. Os funcionários podem receber mais que seus chefes.

A Koch Industries também revelou uma habilidade surpreendente para reformar a si mesma. Estimulada pela série de processo socorrida no fim dos anos 90, a empresa introduziu um grande programa de segurança. O mantra corporativo de Charles era “10.000% de cumprimento de todas as leis e regulações”, isto é, 100% de obediência por 100% dos funcionários.

* Publicado originalmente pelo The Economist e retirado do site Opinião e Notícia.