GEE secundários podem fazer diferença para o aquecimento global, aponta estudo

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Os poluentes são considerados coadjuvantes
Um estudo realizado pela Agência Nacional de Oceanos e Atmosfera dos EUA (Noaa) aponta que é possível reduzir o potencial de aquecimento dos gases de efeito estufa em 19% atacando essas substâncias. Os poluentes tidos como coadjuvantes no aquecimento global não têm papel tão irrelevante quanto se pensava. O corte de emissão de gases como metano e óxido nitroso faria diferença no combate à mudança climática, dizem cientistas americanos.

Historicamente, o metano, o óxido nitroso e outros gases-estufa têm ficado de fora de acordos como o Protocolo de Kyoto, que combate o aquecimento global. A explicação para esta exclusão é a menor freqüência destes em relação ao dióxido de carbono (CO²) e a complexidade política de incluí-las nas negociações.

Após a revisão da pesquisa, a Noaa sugeriu que os gases-estufa secundários podem facilitar as negociações em vez de atravancá-las, porque permitiriam uma folga no cronograma da redução de emissões.

Segundo os cientistas, como a vida útil do metano e do óxido nitroso na atmosfera é menor que a do CO², a inclusão desses gases nos acordos de corte traria um efeito mais rápido de redução de temperatura.

O trabalho indica que a inclusão dos gases secundários numa política de corte de 80% para todos os gases-estufa reduziria a forçante radiativa dos gases-estufa emitidos em atividades humanas de 3,2 watt por metro quadrado para 2,6. Isso equivaleria a ter 0,5ºC a menos de aumento de temperatura no fim deste século, calcula-se. A ONU estabeleceu como 2ºC o limite do aumento de temperatura considerado perigoso para a Terra.

* Publicado originalmente no site EcoD.