É o que mostra um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. Segundo a pesquisa, além de ajudar as mulheres a lidar com a depressão durante a gravidez, praticar ioga ainda impulsiona a ligação materna com o bebê.
O estudo envolveu mulheres que estavam nas 12ª a 26ª semanas de gravidez e mostraram sinais de depressão. Elas participaram de sessões de 90 minutos de ioga que tinha foco em posições para o corpo das grávidas, bem como apoio na consciência de como seus corpos estavam mudando para ajudar seus bebês a crescer.
Após dez semanas, os autores puderam notar uma considerável redução nos sintomas depressivos. As futuras mamães também relataram uma forte ligação com seus bebês.
Alterações hormonais comuns durante a gestação, predisposição genética e fatores sociais podem influenciar no surgimento de estresse e sentimentos de depressão em algumas mulheres grávidas, destaca a autora do estudo, Maria Muzik. Estes sintomas, se não forem tratados, representam sérios riscos à saúde da mãe e do bebê, incluindo problemas de ganho de peso, pré-eclampsia, parto prematuro e problemas na ligação afetiva entre mãe e filho.
Embora os antidepressivos sejam eficientes no tratamento destes sintomas, muitas mulheres resistem a este tipo de tratamento por acreditarem que os remédios podem colocar a saúde do bebê em risco. Neste sentido, para Muzik, apesar de limitado, o estudo traz evidências encorajadoras. “Ele pode servir de base para novas pesquisas sobre como a ioga pode levar ao empoderamento e um sentimento positivo diante da gravidez”, diz. “Nosso trabalho fornece a primeira evidência promissora de que o ioga pode ser uma alternativa eficaz para as mulheres grávidas que apresentam sintomas depressivos. Isto promove bem-estar tanto para a mãe quanto para o bebê. ”
O estudo foi publicado no periódico Complementary Therapies in Clinical Practice.
* Publicado originalmente no site O que eu tenho.