“Quando povos da floresta, empreiteiros, ambientalistas, pesquisadores e empresários se reúnem para dizer o querem sobre o desenvolvimento sustentável na Amazônia, é sinal de que a sociedade civil está, finalmente, sendo ouvida”. A frase do líder comunitário Rubens Gomes, do Grupo de Trabalho Amazônico (GTA), dita durante o Seminário Regional sobre Economia Verde da Amazônia: Rumo à Rio + 20 realizado hoje em Belém resume a ideia dessa iniciativa que está recolhendo elementos para ajudar o país a formular sua agenda para uma nova economia.
A Amazônia é a terceira região a ser ouvida no processo denominado Diálogos Nacionais sobre Economia Verde, um projeto de mobilização e intervenção da sociedade civil coordenado pelo Instituto Vitae Civilis com apoio do PNUMA (Programa da Nações Unidas para o Meio Ambiente). Serão ouvidos ainda representantes das regiões Nordeste e Sudeste. As sugestões de todo o país serão discutidas em um debate nacional nos dias 17 e 18 de outubro em São Paulo.
As contribuições recolhidas durante as consultas diretas à sociedade e devidamente organizadas por grandes temas seguirão dois caminhos. “O primeiro deles vai no sentido de influenciar a proposta oficial que o Brasil levará para a Rio + 20. O outro, vai direto para os organizadores da conferência incumbidos de organizar as propostas dos países”, explica Aron Belinky, do Vitae Civilis.
No caso da Amazônia, diz Belinky, as cerca de 150 propostas apresentadas no evento em Belém ajudarão a região a se posicionar sobre a economia verde e o futuro do seu desenvolvimento. “Servirá ainda para informar ao governo neste momento em que se busca a posição brasileira para a Rio + 20”, lembra Belinky.
As proposições tratam de cinco grandes temas: inclusão social, governança, territórios sustentáveis, grandes obras e economia da floresta. “São sugestões concretas e que poderão ser realizadas, independente de serem validadas ou não na Rio + 20”, esclarece João Meirelles, do Instituto Peabiru, apoiador do evento.
Segundo ele, o processo de participação social conquistado com essa mobilização servirá também para ajudar o estado do Pará e os demais estados amazônicos a entenderem o processo de articulação necessário para influir na agenda da economia verde nacional.
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