A organização Espaço Eco desenvolveu um estudo a pedido da empresa petroquímica Braskem (produtora de resinas plásticas) e chegou à conclusão de que a eficiência de cada tipo de sacola depende do hábito de cada consumidor.
Segundo o estudo, quanto mais vezes o consumidor joga lixo fora de casa, mais indicadas são as sacolas descartáveis, porque podem ser reutilizadas. As sacolas retornáveis são indicadas para quem costuma ir muitas vezes ao supermercado.
“Não há uma verdade absoluta. A pertinência depende dos cenários”, assegurou ao Estadão, Emiliano Graziano, gerente de ecoeficiência do Espaço Eco.
A quantidade de utilização das sacolas, a capacidade de carga, o custo e o nível de reciclagem são algumas das características que explicam a conclusão da pesquisa. A comparação aponta o custo-benefício da sacola em razão de seus danos ambientais.
“O plástico não é o grande vilão, sob a análise do ciclo de vida”, considerou Graziano. “Há oportunidades em que as sacolas plásticas são mais ecoeficientes no transporte das compras para casa. E há ocasiões em que é melhor usar as retornáveis”, acrescentou.
Considerações
A pesquisa analisou oito tipos de sacolas disponíveis no mercado. Três descartáveis (polietileno tradicional, polietileno de cana-de-açúcar e a aquelas com aditivo biodegradável) e quatro retornáveis (plástico duro, papel, ráfia, tecido e TNT). As embalagens de papel e tecido não se mostraram vantajosas em relação às demais em nenhum tipo de cenário.
A baixa capacidade de carga, reúso e reciclagem foram a explicação para as sacolas de papel. Segundo Graziano, as embalagens de tecido possuem um elevado consumo de energia elétrica durante sua produção e na quantidade de terras usadas no plantio do algodão. “O ciclo de vida envolve uma série de fatores, mas esses são os principais”, explicou.
* Publicado originalmente no site EcoD.