ODS13

Conferência alerta para eventos climáticos extremos

Países destacam impactos e defendem ações para conter aquecimento global. Espaço Brasil divulga resultados alcançados pelo País na área ambiental.

Katowice (Polônia) – Impactos como ondas de calor, incêndios florestais e tempestades estão entre os alertas feitos nesta segunda-feira (3) na abertura da Conferência do Clima, a COP 24. A cúpula reúne, até o fim da próxima semana, mais de 190 países, com o objetivo de avançar em medidas capazes de conter esses eventos extremos. Além das negociações diplomáticas, o Brasil participa da COP 24 com um espaço onde serão divulgadas as políticas nacionais na área ambiental.

24ª Conferência das Partes da Convenção sobre Mudança do Clima começa em Katowice, Polônia

Na abertura, a comunidade internacional destacou a importância da transição tecnológica e a necessidade de definições em questões como o financiamento de ações para conter a mudança do clima. A mobilização de recursos é um dos vários pontos em pauta na COP 24. Juntos, esses itens formarão, após aprovados, o livro de regras para a implementação do Acordo de Paris – pacto mundial com o objetivo de limitar o aumento da temperatura média do Planeta.

Formada por representantes do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e de outros órgãos do governo federal, a delegação brasileira já está em atuação na COP 24. O ministro do Meio Ambiente, Edson Duarte, chefiará a equipe brasileira a partir da próxima semana, quando ocorrerão reuniões do segmento de alto nível. No contexto geral, a Conferência será presidida pelo governo polonês, anfitrião do evento.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou que o combate à mudança do clima é urgente. “Para muitos, essa é uma questão de vida ou morte”, declarou, em referência a regiões de várias partes do mundo, que já sentem os efeitos do aquecimento global.

O potencial de mobilização da economia em nível mundial também foi citado por Guterres. De acordo com ele, são necessários investimentos em setores como energias renováveis, cidades sustentáveis, recursos hídricos e indústria. “A ação climática oferece um caminho atraente para transformar o mundo”, resumiu.

ESPAÇO BRASIL

Pelo terceiro ano consecutivo, o governo federal organizou uma área dentro da Conferência do Clima para engajar a sociedade e discutir os resultados do país na área ambiental. Neste ano, a programação do Espaço Brasil na COP 24 será dividida por dias temáticos. Entre eles, haverá eventos dedicados a florestas, comunidades e povos tradicionais, negócios e ao legado do país na agenda ambiental.

Os debates terão a participação de representantes do setor público, iniciativa privada, sociedade civil e comunidade científica. O Espaço Brasil é uma realização do MMA, Serviço Florestal Brasileiro (SFB), Agência Nacional de Águas (ANA), Ministério das Relações Exteriores (MRE) e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex).
SAIBA MAIS

A Conferência do Clima que começou na Polônia atende pelo nome oficial de 24ª Conferência das Partes (COP 24) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. Essa é a reunião anual em que os signatários da Convenção negociam novos protocolos voltados para a redução de emissões de gases de efeito estufa, além de avaliar o andamento de acordos estabelecidos anteriormente.

Diante dos delegados de mais de 190 países, a abertura ocorreu em duas sessões. No domingo (2), houve sessão plenária com a definição da pauta da reunião. Na segunda (3), ocorreu a cerimônia de abertura com o secretário da ONU, António Guterres, o presidente da Polônia, Andrzej Duda, a secretária-executiva da Convenção do Clima, Patrícia Espinosa, e o presidente da COP 24, Michal Kurtyka.

Adotado em 2015, na COP 21, o Acordo de Paris representa um esforço mundial para manter a temperatura média global abaixo de 2ºC, com esforços para limitar esse aumento a 1.5ºC. Nesse contexto, cada país apresentou uma meta própria para fazer sua parte frente ao aquecimento global. O compromisso do Brasil é reduzir 37% das emissões até 2025, com indicativo de cortar 43% até 2030 – ambos em comparação a 2005.
(#Envolverde)