Aconteceu, no início de junho, no Rio de Janeiro o Energy Summit, um dos eventos mais importantes do mundo sobre energia e sustentabilidade. O encontro contou com o apoio do hub de cidades inteligentes iCities.
A iniciativa trouxe uma série de painéis com discussões sobre o desenvolvimento sustentável das cidades e o papel da energia neste cenário. O painel Mobilidade, Transição Energética e Cidades Inteligentes contou com a participação de Beto Marcelino, sócio-diretor do iCities; Felipe Peixoto, Secretário Interino de Energia e Economia do Mar; Rodrigo Affonso, CEO da Lev Bikes, e Fabio Trindade, CEO da Motor Sport, Motor 1 e Inside EVs.Segundo o executivo do iCities, a transição energética é um dos assuntos de maior interesse no quesito energia para a gestão pública e é um tema de alta urgência no avanço da sustentabilidade nas cidades.
Fontes de energia a base de carvão, como termoelétricas, que já foram muito utilizadas pelas cidades, estão em desuso, dando lugar às alternativas de energia limpa. “Cidades localizadas em frente ao mar podem utilizar a força do vento para energia eólica, além também da energia hidráulica gerada nas usinas. É possível, ainda, aproveitar o Sol com placas fotovoltaicas, por exemplo.
“Temos visto que cada vez mais as cidades se preocupam com isso, sendo um caminho sem volta, felizmente”, pontua Beto.
O especialista em cidades inteligentes destaca que energia limpa já é uma realidade em locais como São Paulo, por exemplo. “Na capital paulista, é possível encontrar painéis fotovoltaicos nos telhados de terminais de ônibus para a geração de energia solar. Também temos o exemplo do bairro da Caximba, em Curitiba, que conta com a primeira usina solar em aterro sanitário da América Latina”,
Um dos pontos de atenção para a evolução da transição energética nas cidades é a questão financeira. Para o executivo do iCities, é preciso que o custo de energia não seja parte do custo de matéria-prima do negócio. “Sabemos que a demanda de energia nas cidades é crescente. Portanto, este é um ponto a ser considerado, afinal, quanto mais esse custo for reduzido, melhor.
Seja qual for a fonte de energia limpa, é preciso que os municípios tenham em mente a necessidade da transição energética. O futuro depende dessa conscientização. A boa notícia é que já existe muita tecnologia para fazer esse processo acontecer”, finaliza. O Energy Summit ofereceu mais de 70 horas de conteúdo para um público de 10 mil pessoas.