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Boletim Envolverde - Casa do Jornalismo Socioambiental na COP 30

Essa iniciativa é fruto de um ano de articulação liderada por InfoAmazonia, Colabora, ENVOLVERDE, Agência Eco Nordeste, O Eco - Jornalismo Ambiental, Amazônia Vox, Associação de Jornalismo Digital - Ajor e Open Knowledge Brasil. Através do site da Envolverde os leitores têm acesso à cobertura jornalística da COP30 realizada por dezenas de meios de jornalismo independentes que se aliaram ao Projeto Cobertura Colaborativa da Casa do Jornalismo Socioambiental.

Atualizado em 17/11/2025 às 16:11, por Redação Envolverde.

Fim de Semana COP30

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Alma Preta: Quilombolas e ribeirinhos marcham 110 km até Belém contra lixões

Autor: Fernando Assunção

Em plena COP30, que coloca Belém no centro das discussões globais sobre clima e justiça ambiental, comunidades quilombolas e ribeirinhas dos municípios de Acará e Bujaru protagonizaram, nesta sexta-feira (14), uma manifestação contra a instalação de dois aterros sanitários das empresas Revita e Ciclus, com apoio do governo do Pará.

O grupo percorreu mais de 110 quilômetros, da Alça Viária (PA-283) até o centro da capital, para denunciar os impactos socioambientais do projeto e irregularidades que afirmam existir no processo de licenciamento ambiental conduzido pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas).

Segundo a Polícia Militar, aproximadamente 600 pessoas participaram do ato, considerado pacífico.

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Esta reportagem foi produzida pela Alma Preta, por meio da Cobertura Colaborativa Socioambiental da COP 30. Leia a reportagem original aqui.

 

Ciência Suja: Missão FLOP30: disputa de narrativas em Belém

Realmente, a organização da COP30 teve seus problemas. Sim, a comida está cara. E é mesmo difícil chegar em consensos, principalmente em um evento lotado de lobistas do agronegócio, de mineradoras, e petroleiras. É no mínimo ingênuo esperar milagres da COP30. Ainda assim, tem um pessoal querendo deturpar esses pontos para sabotar o enfrentamento da crise climática — e eles estão recheando as redes sociais com conteúdos perigosos.

Na nossa primeira pílula da COP, trazemos casos de políticos e produtores de conteúdo que parecem ter a missão de flopar a COP, e de frear medidas reais para a preservação do ambiente.

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Esta reportagem foi produzida por Ciência Suja, por meio da Cobertura Colaborativa Socioambiental da COP 30. Leia a reportagem original em:

 

 

Revista Cenarium: Mudanças climáticas provocam maior quebra da safra de castanha-da-Amazônia em 20 anos

Autora: Ana Cláudia Leocádio

Monitoramento de 20 anos da Rede Kamukaia, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), mostra que as mudanças climáticas já afetam as cadeias produtivas dos produtos agroflorestais, causando quebra de safra, como da castanha-da-Amazônia, que em 2025 teve redução de mais de 70% na produção. Conforme painel apresentado por pesquisadores do Amapá e Rondônia, na AgriZone, nos debates travados na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), se consideradas as informações dos próprios extrativistas, a queda chega a 80%.

A Kamukaia é uma rede que conecta vários pesquisadores da Embrapa em diversos projetos de manejo das florestas. O nome é de origem indígena da etnia Wapichana, povo de Roraima, formada pela junção dos termos ‘kamuk’ e ‘aka’, que significa “produtos da floresta”. Para mitigar a nova realidade junto às comunidades em toda a Amazônia, um dos projetos desenvolvidos pela Embrapa é o “Castanha na Roça”, que consiste em plantar novas castanheiras porque as unidades mais jovens são mais resilientes às mudanças do clima.

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Esta reportagem foi produzida pela Revista Cenarium, por meio da Cobertura Colaborativa Socioambiental da COP 30. Leia a reportagem original em: https://revistacenarium.com.br/mudancas-climaticas-provocam-maior-quebra-da-safra-de-castanha-da-amazonia-em-20-anos/

 

((o))eco: Saber tradicional e tecnologia ajudam extrativistas a enfrentar a crise do clima no Pará

Autor: Aldem Bourscheit ·

Além das temperaturas em alta, pescadores temem prejuízos por eventuais derrames de petróleo desde a foz do Amazonas

Belém (PA) – Protegendo parte de uma das maiores faixas contínuas de mangues do mundo – e a maior do Brasil – o Salgado Paraense guarda ambientes preservados por comunidades tradicionais junto a reservas extrativistas federais criadas, inclusive, para conter o avanço da criação de camarão.

Uma delas é a Mãe Grande de Curuçá, cujos contornos tortuosos testemunham o sobe e desce das marés entremeado com a descarga de rios amazônicos. Na área protegida, são multiplicadas larvas de ostras nativas em lâminas de garrafas PET retiradas do próprio mangue. 

Tamanha a quantidade de “sementes” geradas, o molusco já repovoa espaços onde no passado foi quase extinto pela coleta excessiva. Além disso, as mais de 6 milhões de ostras produzidas anualmente pela associação Aquavila são consumidas no Pará e em outros estados. 

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Esta reportagem foi produzida por ((oeco)), por meio da Cobertura Colaborativa Socioambiental da COP 30. Leia a reportagem original em https://oeco.org.br/reportagens/saber-tradicional-e-tecnologia-ajudam-extrativistas-a-enfrentar-a-crise-do-clima-no-para/


((o))eco: Comunidades lançam Fórum Global e reforçam pressão por reconhecimento político na COP30

Autora: Karina Pinheiro

Belém (PA) – A COP30 abriu espaço para um movimento inédito: comunidades locais de diferentes regiões do planeta decidiram construir sua própria instância política internacional. O Fórum Global de Comunidades Locais sobre Mudanças Climáticas (GFLCCC), lançado nesta semana em Belém, marca o início de uma articulação que pretende ocupar, com autonomia e força, um lugar historicamente negado nas negociações climáticas da ONU.

O anúncio veio após dois anos de diálogos conduzidos diretamente por organizações comunitárias da África, Ásia, América Latina e Caribe. Esse processo preparou o terreno para a criação do Caucus Internacional de Comunidades Locais, uma estrutura que nasce para fortalecer vozes que há décadas denunciam a ausência de representação formal dentro da UNFCCC (Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima) ainda que sejam protagonistas na defesa da biodiversidade e na adaptação à crise climática.

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Esta reportagem foi produzida por ((oeco)), por meio da Cobertura Colaborativa Socioambiental da COP 30. Leia a reportagem original em https://oeco.org.br/noticias/comunidades-lancam-forum-global-e-reforcam-pressao-por-reconhecimento-politico-na-cop30/ 

 

Intercept Brasil: Impacto das big techs é ponto cego nas metas climáticas da maioria dos países

AUTOR: Laís Martins 

Praticamente 90% das metas climáticas apresentadas pelos países para serem discutidas na COP30 citam “tecnologias digitais” como soluções para mitigação e adaptação climática. Mas quase nenhuma delas propõe compromissos para reduzir a própria pegada ambiental da indústria tecnológica, que hoje responde por entre 1,5% e 4% das emissões globais totais de gases do efeito estufa.  

Essa falta de detalhamento sobre as emissões produzidas pelo desenvolvimento de tecnologias digitais, que crescem vertiginosamente com os avanços e a popularização da inteligência artificial, dificulta a tomada de medidas de mitigação e adaptação. É como um ponto cego que pode retardar a responsabilização das big techs pelo seu impacto nas mudanças climáticas.

Essa é uma das conclusões de um relatório do International Telecommunications Union, o braço de tecnologia da Organização das Nações Unidas, publicado nesta quarta-feira, 12, durante a COP30. Tecnologia e inteligência artificial foram dois temas escolhidos pela presidência da COP30 para os dois primeiros dias de evento.

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Esta reportagem foi produzida por Intercept Brasil, por meio da Cobertura Colaborativa Socioambiental da COP 30. Leia a reportagem original em https://www.intercept.com.br/2025/11/16/impacto-das-big-techs-e-ponto-cego-nas-metas-climaticas-da-maioria-dos-paises/

 

InfoAmazonia: Colômbia declara ser o primeiro país da Amazônia com toda a sua floresta livre de petróleo e mineração

Repórter: Fábio Bispo

Em um gesto histórico anunciado durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), a Colômbia se tornou o primeiro país amazônico a declarar toda a sua porção do bioma como uma zona livre de petróleo e de atividades de grande mineração. A informação foi anunciada pela ministra de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do país, Irene Vélez Torres, durante encontro de ministros da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA).

Torres fez um apelo para que todos os países sigam o exemplo para construção de uma “aliança amazônica pela vida”. A declaração coloca pressão sobre as demais nações da região poucas semanas após o Brasil autorizar a exploração de petróleo na Foz do Amazonas, no projeto da Petrobras para perfurar o bloco 59.

Vélez Torres anunciou toda a Amazônia colombiana como “zona de reserva de recursos naturais renováveis”, afirmando que este é o primeiro passo para proteção de toda a Amazônia, que se estende por nove países na América do Sul. 

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Esta reportagem foi produzida pela InfoAmazonia, por meio da Cobertura Colaborativa Socioambiental da COP 30. Leia a reportagem original em https://infoamazonia.org/2025/11/13/colombia-declara-ser-o-primeiro-pais-da-amazonia-com-todo-o-bioma-livre-de-petroleo-e-mineracao/


InfoAmazonia: Financiamento, adaptação e protestos: o que marcou a primeira semana da COP30

Repórter: Tais Gadea Lara

“Queremos que todos os países pensem no que desejam para o desfecho”, afirmou o presidente da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), André Corrêa do Lago, na coletiva de imprensa que encerrou a primeira semana. O diplomata destacou que precisará de um “mutirão” para alcançar os resultados esperados na segunda e decisiva fase das negociações climáticas.

A COP30 começou oficialmente na segunda-feira (10), em Belém. A cerimônia de abertura contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Sem o Acordo de Paris, o mundo estaria enfrentando um aquecimento catastrófico. Estamos avançando na direção certa, mas em uma velocidade muito lenta. Nesse ritmo, não vamos alcançar o limite de 1,5°C”, afirmou.

A primeira semana foi marcada por intenso trabalho de negociação, com alguns avanços, obstáculos e muito ainda por discutir para alcançar os consensos necessários. Antes da chegada dos ministros na segunda-feira (17) para as tratativas políticas, aqui vai um resumo com cinco destaques do que já aconteceu na COP30.

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Esta reportagem foi produzida por InfoAmazônia, por meio da Cobertura Colaborativa Socioambiental da COP 30. Leia a reportagem original em https://infoamazonia.org/2025/11/16/financiamento-adaptacao-e-protestos-o-que-marcou-a-primeira-semana-da-cop30/


InfoAmazonia: COP30 inclui em negociações a criação de áreas de povos isolados como zonas livres de petróleo, gás e mineração

Repórter: Fábio Bispo

As negociações climáticas da COP30, em Belém, avançaram nesta sexta-feira (14) com a apresentação — pelo Caucus Indígena — de uma proposta para a criação de zonas livres de exploração de petróleo, gás natural e mineração em áreas habitadas por povos indígenas isolados ou de recente contato. A ideia começou a circular nos debates do Programa de Trabalho sobre Transição Justa (JTWP), criado na COP28, como contribuição da delegação indígena.

A proposta aparece ainda entre colchetes no documento, o que significa que está em disputa. Mesmo assim, o fato de ter sido registrada formalmente representa um avanço significativo na discussão internacional sobre a proteção de grupos extremamente vulneráveis diante da expansão das fronteiras de petróleo, gás e dos minerais críticos necessários à transição energética.

“Nós vemos a inclusão deste tema nas negociações como uma grande vitória desta COP. Existe um consenso de que os povos em isolamento ou de recente contato não podem ser consultados, e que ninguém pode falar por eles”, afirma Gisela Hurtado, coordenadora de campanhas pela Amazônia, Stand.earth, e que acompanha as discussões sobre transição justa na conferência.

A organização tem atuado para sensibilizar os países membros da convenção para ampliar essas zonas de exclusão, incluindo também regiões ambientalmente sensíveis, como as florestas tropicais.

“As áreas que queremos proteger são aquelas que são ambientalmente mais sensíveis. Queremos que a Amazônia inteira seja excluída das atividades extrativas, mas não vejo que consigamos fazer essa discussão nesta COP”, afirmou.

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Esta reportagem foi produzida por InfoAmazonia, por meio da Cobertura Colaborativa Socioambiental da COP 30. Leia a reportagem original aqui.


InfoAmazonia: Marcha pelo Clima toma as ruas de Belém e exige fim dos combustíveis fósseis na COP30

Repórter: Fábio Bispo

Longe do ar-condicionado que climatiza as salas de negociação da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém, milhares de pessoas ocuparam as ruas da capital paraense neste sábado (15), em um dos maiores atos já realizados durante uma conferência do clima da ONU. A Marcha Global pelo Clima foi organizada pela Cúpula dos Povos, construída coletivamente por movimentos sociais, organizações comunitárias, entidades territoriais e redes internacionais de defesa dos direitos humanos e da justiça climática, de 62 países.

O protesto reuniu ambientalistas, indígenas, quilombolas, agricultores familiares e ativistas internacionais, em uma manifestação que pediu o fim dos combustíveis fósseis e denunciou projetos que agridem o meio ambiente e ampliam as emissões de gases do efeito estufa (GEE) no Brasil.

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Esta reportagem foi produzida por InfoAmazonia, por meio da Cobertura Colaborativa Socioambiental da COP 30. Leia a reportagem original aqui.


InfoAmazonia: Carta dos Povos é entregue à presidente da COP após mobilização que reuniu milhares de pessoas em Belém

Autora: Gabi Coelho

A Cúpula dos Povos Rumo à COP30 encerrou sua programação neste domingo (16) com a entrega oficial da Carta dos Povos ao presidente da conferência climática, o embaixador André Corrêa do Lago. O documento, que traz 15 pontos, sintetiza as demandas construídas ao longo de uma semana de debates que reuniu milhares de pessoas, entre representantes de 62 países, povos indígenas, quilombolas, pescadores artesanais, movimentos sociais e organizações da sociedade civil na Universidade Federal do Pará (UFPA).

O ato de entrega representa o momento em que as reivindicações elaboradas nos territórios chegaram formalmente à esfera oficial da COP30. Corrêa do Lago comprometeu-se a garantir que o documento seja lido dentro do espaço de negociações da conferência ainda na segunda (17).

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, leu uma mensagem do presidente Lula aos presentes. “A COP30 não seria viável sem a participação de vocês — essa extraordinária concentração de pessoas que acreditam que outro mundo é possível e necessário”, dizia o texto.

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Esta reportagem foi produzida por InfoAmazônia, por meio da Cobertura Colaborativa Socioambiental da COP 30. Leia a reportagem original em: https://infoamazonia.org/2025/11/16/carta-dos-povos-e-entregue-a-presidente-da-cop-apos-mobilizacao-que-reuniu-milhares-de-pessoas-em-belem/

 

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Editor: Dal Marcondes
Repórter: Reinaldo Canto
Produção: Paola Yoshie
Arte: Ana Maria Vasconcellos
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