O meio ambiente urbano

por IHU –  “A questão do meio ambiente e tão importante: a água, a energia, o resíduo, o alimento, tudo isto é importante para nós. Então semana do meio ambiente é para despertar a gente esta responsabilidade da nossa Casa Comum“, escreve Pe. Paulo Tadeu Barausse, Sj, coordenador do Serviço Amazônico de Ação, Reflexão e Educação e Socioambiental – SARES.

Atualizado em 08/06/2021 às 22:06, por Redação Envolverde.

por IHU – 

“A questão do meio ambiente e tão importante: a água, a energia, o resíduo, o alimento, tudo isto é importante para nós. Então semana do meio ambiente é para despertar a gente esta responsabilidade da nossa Casa Comum“, escreve Pe. Paulo Tadeu Barausse, Sj, coordenador do Serviço Amazônico de Ação, Reflexão e Educação e Socioambiental – SARES.

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Para início de conversa trago a fala do Gonzalo Vecina Neto – pesquisador da USP: “Não podemos esquecer as lições da pandemia. temos que diminuir a agressão ao meio ambiente. É da agressão ao meio ambiente que veio esta peste. Temos que entender a importância da desigualdade no mundo. Esse vírus nos mostrou que não é ele quem mata. Quem mata é a pobreza. Pobres estão morrendo três vezes mais no Brasil do que os remediados e ricos. Negros estão morrendo quatro vezes mais do que brancos. E não é porque são negros; é porque são pobres e têm que sair na rua todos os dias para buscar comida.

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Você sabia que a primeira semana do mês de junho é dedicada ao meio ambiente! Está iniciativa acontece no mundo inteiro e termina com o Dia do Meio ambiente. Para que serve está semana? Para conscientizar as pessoas, que nós seres humanos, fazemos parte do meio ambiente. As vezes as pessoas pensam assim: meio ambiente é lá longe, matas, bichos, plantas, não é bem assim. Meio ambiente é tudo aquilo que está em torno a nós. Se você mora num bairro, o bairro onde você mora é seu meio ambiente pequeninho, sua rua, sua casa, você tem um quintal, o quintal é meio ambiente, a sala da sua casa, a cozinha. Temos que criar novas relações que nos transforma na medida que nós identificamos e que pertencemos a está casa comum (o mundo) é isto que nos faz cuidar de nós próprios dos outros de tudo que nos rodeia.

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Mas saí de sua casa, seus vizinhos, as ruas. Se tem uma pracinha, ali é meio ambiente. Ou seja, onde você mora, ali o ar que você respira, a água que você, sua família e seus vizinhos bebem, os alimentos que vocês comem. Tudo isto constitui o meio ambiente urbano. E vai mais longe, você vai come descasca as coisas, e o que você faz com elas? Vai e coloca no lixo. A prefeitura leva o lixo, e cobra de nós o IPTU está incluído o preço do lixo. Para onde vai o lixo? A vai lá para o aterro sanitário ou para o lixão! E proliferam vários vetores que fazem mal para a saúde. Porque a prefeitura é obrigada ter um aterro controlado não lixão, mas muitas prefeituras do Brasil ainda não possuem aterros sanitários.

Basta andar por Manaus para visualizar pequenos e grandes feixes de água que compartilham o espaço com as avenidas. Dois bastante conhecidos são o Igarapé do Franco, na avenida Brasil e igarapé do Quarenta, que nasce no Armando Mendes. Quem passa ao lado desses igarapés pode não imaginar quanta história está escondida nas águas, hoje, poluídas. Afinal, como era a vida na antiga Manaus, a que aos poucos foi virando as costas para os igarapés?

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Dois bastante conhecidos são o Igarapé do Franco, na avenida Brasil e igarapé do Quarenta, que nasce no Armando Mendes. Quem passa ao lado desses igarapés pode não imaginar quanta história está escondida nas águas, hoje, poluídas. Afinal, como era a vida na antiga Manaus, a que aos poucos foi virando as costas para os igarapés?

“Nos anos 50, os igarapés eram limpos, ainda que já houvesse palafitas e flutuantes. Dois exemplos eram o Igarapé de Manaus e o Igarapé da Segunda Ponte”, conta o historiador Abrahim Baze.

As pessoas se refrescavam do calor de Manaus nesses espaços, que eram chamados de banhos públicos. Um exemplo é uma piscina construída no bairro Parque 10, durante os anos 1940”, conta ele.

Apesar da revitalização na avenida Brasil, em ida ao local, a reportagem do Em Tempo não teve dificuldade para encontrar resíduos jogados por debaixo das árvores plantadas no entorno do igarapé.

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Em 2019 foram realizadas 1.800 ações de limpeza em mais 150 igarapés e córregos de Manaus, o que resultou em uma quantidade coletada de mais de 10.000 toneladas de resíduos. É o que informa a Secretaria Municipal de Limpeza Pública.

Em algumas cidades tem políticas públicas de separação de resíduos. O resíduo seco, papel, latinha, vidro é separado para que seja reciclado. Isto também é meio ambiente. Mas o ar que a gente respira, a qualidade do ar depende de quê? Depende em primeiro lugar do controle daquilo que emite poluição para a sociedade. Controle dos carros que emitem gases, das indústrias.

Lembro de uma cidade que eu fui tinha um cheiro horrível, porque tinha um curtume perto. E agente para outro lado da cidade pegado a uma outra rodovia tinha uma granja de galinha que também tinha um cheiro horrível. Poluição do ar compete ao poder público, colocar limites vigiar e punir quem polui o ar por exemplo. A água que a gente bebe depende da qualidade do rio mais próximo onde a prefeitura da sua cidade ou a empresa que faz o serviço e tira a agua, isto é meio ambiente. Então a gente começa a imaginar o meio ambiente a partir o lugar onde a gente mora, nossa casa, nosso, bairro estende para nossa cidade e percebe que o meio ambiente não para ai. Porque tudo está interligado. Então se em volta da cidade onde você mora tem parques ambientais, tem áreas de preservações com muitas árvores, então a tendência que a qualidade do ar que você respira seja muito melhor. Se em volta de sua cidade tem gente que cuida das nascentes vocês tendem a ter uma água de melhor qualidade se ela for tratada.

E é preciso que tenhamos responsabilidade, não se pode fazer reunião em qualquer lugar de qualquer jeito, há que evitar aglomerações em lugar onde a pandemia está muito forte. Mesmo assim as pessoas se comunicam por internet estão empreendendo ações locais, estão atentos a estes políticos safados que estão aproveitando está oportunidade para eles, como dizia este perverso ministro do meio ambiente Ricardo Salles para fazer passar a boiada. Ou seja, diminuir as legislações de defesa do meio ambiente para favorecer estes grupos que estão ai, cultivando lucro rápido e mediato, mesmo que isto signifique, destruição, morte de animais, plantas, poluição das águas, e piora a qualidade da saúde de nossa população.

A situação está feia do ponto de vista ambiental, talvez por causa da Covid-19 que é séria e grave, a gente não está com toda consciência atenta sobre a questões ambientais. E infelizmente hoje nós temos nossas autoridades contra o meio ambiente. A câmara dos deputados aprovou um projeto que reduz significa mente todos os processos de controle ambiental para que o empreendimento seja realizado. Dizem eles que é para facilitar o progresso, a economia. Mentira é para favorecer o lucro mediato de quem já tem muito. Então hoje temos está situação triste, poder judiciário, nem todo, mas uma parte dele o poder legislativo os deputados principalmente foram eleitos por nós e sem contar o poder executivo, presidente da república, o ministro do meio ambiente, que estão provocando um verdadeiro desastre ambiental em nosso país.

Por isso que a questão do meio ambiente e tão importante: a água, a energia, o resíduo, o alimento, tudo isto é importante para nós. Então semana do meio ambiente é para despertar a gente esta responsabilidade da nossa Casa Comum.

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