O que você faz por um mundo melhor?
Por Zita Oliveira, gerente de sustentabilidade Latam da Unilever – “A Terra está falando. Ela nos diz que não temos mais tempo. Precisamos tomar outro caminho com mudanças corajosas e globais.
Por Zita Oliveira, gerente de sustentabilidade Latam da Unilever –
“A Terra está falando. Ela nos diz que não temos mais tempo. Precisamos tomar outro caminho com mudanças corajosas e globais. Não é 2030 ou 2050, é agora” – Foi o que a jovem indígena e ativista Txai Suruí disse, resumindo brilhantemente a urgência do encontro que o mundo chamou de “a COP das COPs”. O evento ganhou este apelido por ser a primeira conferência climática a ocorrer em meio a uma pandemia e, principalmente, por jogar luz à urgência climática que a humanidade parece só ter se dado conta agora.
Participei do evento e saí dele com uma inquietude que quero dividir com você. E a partir de agora? O que fazer? Como ser um agente da transformação que precisamos promover para que o planeta não aumente a sua temperatura em mais 1,5°C? Afinal, a natureza fala com a gente e está sendo bastante clara: tempestades de areia surpreenderam o interior de São Paulo há cerca de três meses, enquanto inundações mortais aconteciam na Alemanha e na Bélgica. Nos EUA, a região noroeste, conhecida pelo clima frio, registrou 38°C, enquanto o estado da Califórnia era assolado por queimadas. Já o Ártico, perdeu uma área de gelo marinho equivalente ao tamanho da Flórida entre junho e julho de 2021.
Com certeza estes fatores não são um acaso e é preciso agir sobre eles.
O destino uniu o meu propósito de vida a uma das empresas que mais se preocupam com o meio ambiente e que há mais de 10 anos lançou compromissos com o meio ambiente conectados às estratégias de negócios. Venho trabalhando fortemente, há mais de três anos, para fortalecer a cadeia estendida do plástico: petroquímica; transformadores de plástico; indústrias de bens de consumo; varejo; cooperativas; gestores de resíduos e recicladores, por meio de uma rede de cooperação para o uso sustentável do material. Esta rede tem como missão incentivar e engajar a indústria na busca por soluções eficazes para a expansão da economia circular, para fazer com que o plástico volte para as indústrias, para ser reutilizado e se torne novas embalagens, e pare de chegar como lixo à natureza.
Cheguei à COP26 com este olhar 360º para a gestão do plástico no Brasil, levando comigo um projeto que evitou que cerca de 13 mil toneladas do material fossem destinadas a aterros (em três anos), além de deixar de emitir mais de 17 mil toneladas de CO2 para o meio ambiente.
A conexão desse projeto que tenho desenvolvido com o meu propósito de vida é imediata. Desde que comecei a entender melhor o ciclo de reciclagem do nosso país, quero trabalhar para proporcionar melhores condições a quem faz da reciclagem o seu trabalho. A quem entendeu a necessidade urgente de levarmos materiais reciclados ao seu destino e oportunizou esta descoberta.
Como cidadã e apoiando minha rede de contatos, posso dizer que contribuir com o ciclo de reciclagem do plástico – e, consequentemente, com o meio ambiente – está ao alcance de todos, traz ganhos enormes e é muito simples também:
Embalagens de plástico, vidro, alumínio e papel:
Comece a pensar sobre isso na sua rotina e a fazer o descarte adequado delas. Basta higienizá-las e destinar para locais que recebam esses materiais, que possuem a coleta seletiva. Caso não tenha uma coleta seletiva no seu bairro, existem, os Ecopontos, que muitas vezes são disponibilizados pelas prefeituras locais. E há também pontos de reciclagem autônomos, cooperativas organizadas etc. Alguns supermercados também dispõem de estações de reciclagem para receber esses materiais. É possível e precisamos ir atrás.
Alimentos
Estes podem ser “reciclados”? Podem e devem. Busque por receitas que reaproveitem as sobras dos alimentos; divida o alimento pronto em partes e congele aquela que não for consumir de imediato; comece a fazer um planejamento alimentar, que vai desde a lista de compras até o preparo de receitas semanais. Esse comportamento e hábito evita o desperdício de alimentos. Ah, verifique se na sua cidade existe um projeto chamado “Geladeira Solidária” (na minha tem
Eletrônicos
Não dispense esse tipo de material no lixo comum. Hoje em dia, já existem empresas especializadas na reciclagem de pilhas, baterias e eletroeletrônicos. Elas reutilizam e dão a destinação correta para que esse tipo de material não encontre a natureza. Para encontrar uma organização que faça a coleta de forma correta do lixo eletrônico, o Instituto Akatu dá algumas dicas: https://akatu.org.br/seis-
O meu propósito é fazer micro ações que reverberam em um mundo melhor às gerações atuais e, principalmente, às futuras. Cada um de nós é parte disso e precisamos entender e aceitar essa inquietude que discussões mundiais como a COP26 e a fala da ativista Txai Suruí nos impulsiona.
#Envolverde





