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Prato de comida pode custar 100 vezes mais nos países em desenvolvimento

Comparação é feita com o preço médio de uma refeição simples em nações ricas; Programa Mundial de Alimentos divulga dados às vésperas de encontro dos líderes mundiais no Fórum Econômico de Davos.

Atualizado em 17/01/2017 às 12:01, por Redação Envolverde.

Comparação é feita com o preço médio de uma refeição simples em nações ricas; Programa Mundial de Alimentos divulga dados às vésperas de encontro dos líderes mundiais no Fórum Econômico de Davos.

Leda Letra, da ONU –

Moradores de países em desenvolvimento estão pagando até 100 vezes mais por um prato básico de alimentos, na comparação com o preço gasto por moradores de países ricos.

A análise foi feita pelo Programa Mundial de Alimentos, PMA. No caso dos mais vulneráveis, que vivem em zonas de conflito, a diferença de preço por uma refeição simples pode ser até 300 vezes maior.

Feijão

Se for medida qual porcentagem o custo de uma refeição representa na renda média diária de uma pessoa, é possível afirmar que um morador do Malauí paga muito mais caro do que um habitante da Suécia para se alimentar.

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Para poder comer uma tigela de feijão cozido, um malauiano precisa gastar 41% da sua renda diária. Já um sueco gasta 0.41% de sua renda pelo mesmo prato, o que representa menos de 1 dólar.

Um malauiano precisa gastar 41% da sua renda diária. Foto: PMA

 

Direito de todos

Pela comparação da agência da ONU, a refeição no Malauí sai 100 vezes mais cara do que na Suécia. Mas numa cidade sitiada na Síria, como Deir Ezzor, o custo de um prato de feijão é maior do que a verba diária de um morador. Já na Índia ou na Nicarágua, o preço chega a ser entre 10 a 15 vezes mais alto do que na Suécia.

O alerta do PMA está sendo feito às vésperas do Fórum Econômico Mundial, em Davos, que ocorre entre os dias 17 e 20 de janeiro. A ideia é mostrar aos líderes as distorções no poder de compra dos ricos e dos pobres e lembrar que alimentos nutritivos e acessíveis do ponto de vista econômico devem ser um direito de todos.

Desperdício

Segundo a agência, as refeições custam muito alto em países pobres devido a problemas de estocagem, de transporte e de distribuição, além da pouca variedade nas plantações, baixo acesso dos agricultores a mercados e falta de preparo para lidar com mudança climática e conflitos.

O PMA acredita que medidas firmes são essenciais para mudar esse cenário, desde a diversificação das colheitas até a redução do desperdício de comida. A agência vai continuar a ampliar a sua nova base de dados, batizada de “Refeição Quente”, para incluir dezenas de países. (Rádio ONU/ #Envolverde)

* Publicado originalmente no site da Rádio ONU.


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