Diversos

Inovação e sustentabilidade são os alicerces do crescimento

Por Luciana Coen*

Qual seria o impacto no ecossistema se as pessoas usassem um aplicativo que as ajudasse a economizar água em tempo real, por meio de alertas, com o objetivo de estimular o consumo consciente de recursos naturais? O projeto Aldiwa, de alunos da Feevale, é uma startup que faz exatamente isto.

E que tal um aplicativo com GPS em que as pessoas possam marcar lugares onde encontram animais perdidos ou de rua? Um sistema como este facilitaria o trabalho de associações protetoras e ONGs ligadas a resgate de animais e encaminhamento para adoção. Este projeto também já tem nome: Procurando Patas.

Estas e outras ideias, como o Projeto Brain ou o Doador Online, são exemplos de que não se inova sem se falar em sustentabilidade, seja no pilar ambiental, social ou financeiro. É uma questão de sobrevivência de negócios. Em qualquer plano estratégico deve-se levar em consideração os riscos que a companhia corre, seja do ponto de vista de pessoas (escassez de mão-de-obra especializada, poder de compra, disponibilidade de clientes?), seja do ponto de vista econômico (macroeconomia, riscos jurídicos?), ou do ponto de vista ambiental (risco de acidentes naturais, escassez de matéria-prima?).

Diante disso, fica claro que ao lado de estratégia de crescimento e go-to-market de qualquer companhia precisa caminhar a área de Sustentabilidade, pensando em soluções para reduzir o impacto de riscos de longo prazo e trazendo Inovação, como novas linhas de produtos ou novas regiões para ampliar o negócio.

Fomento ao empreendedorismo como forma de desenvolvimento do mercado é prioridade para uma companhia de software como a SAP. Um exemplo disso é o SAP Innomarathon, iniciativa da área de Responsabilidade Social do laboratório de desenvolvimento SAP Labs, na cidade de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, que tem como objetivo acelerar Empreendedores Sociais do país todo. O SAP Innomarathon é composto por 3 pilares: a ideia de um negócio social + uma aceleradora + SAP S/4 HANA e coaching de negócios. O evento nasceu ao lado de outra iniciativa da SAP, o SAP StartUp Focus, programa global de fomento à co-inovação, desenvolvimento de mercado em novas tecnologias (essencialmente SAP HANA), e novos negócios.

Nessa sua primeira edição, 20 startups sociais, das 54 registradas, mostraram seus trabalhos a uma banca de jurados formada por funcionários da SAP de diferentes áreas e profissionais de aceleradoras. As 20 receberam um trabalho de pré aceleração da Ventuir.

No dia do evento, cada uma delas teve 5 minutos (cravados no relógio) para fazer um pitch. A grande vencedora foi a EJR Robótica Educacional, que desenvolveu um divertido  e lúdico robô, o Jabuti Edu, para ensinar programação de computadores para crianças a partir dos três anos de idade. Criado por meio de uma impressora  3D, e concebido  para atender escolas da rede pública, ele realiza diversos movimentos e os comandos são feitos pela própria criança por meio de um celular via um servidor web.

A EJR recebeu como prêmio a doação de computadores, infraestrutura de hardware e um plano de continuidade SAP por meio de inovação e coaching. Mas os outros quatro finalistas também foram estimulados a continuar seus trabalhos: terão 6 meses de incubação na Unitec para consolidação do negócio.

Projetos incríveis como o da Aldiwa, Procurando Patas e Doador Online terão impacto enorme em suas áreas. Para a SAP, o mais importante é fomentar a economia, apoiando empreendedorismo social por meio de projetos como o SAP Inomarathon ou apoiando startups para desenvolvimento em conjunto. No longo prazo, todos saem ganhando, seja no aquecimento da economia, no ganho de marketshare e posicionamento para novas tecnologias (produtos, no caso da SAP), seja no fomento à inovação ou no benefício que novos empreendedores trazem. Ou — melhor ainda! — todas as alternativas juntas! (#Envolverde) 

* Luciana Coen é Diretora de Comunicação Integrada e Responsabilidade Social Corporativa da SAP Brasil.