Por Leno F. Silva –
O fotógrafo Pierre Verger se apaixonou pela Bahia. Entregou-se à cultura, à vida e ao povo de lá e soube, com sensibilidade, registrar diferentes expressões da sua gente.
Foi um francês que se identificou e interagiu com a atmosfera baiana. O seu olhar captou as essências do cotidiano, da religiosidade e dos jeitos de viver na terra do acarajé, da capoeira e da Lagoa do Abaeté.
A exposição em cartaz no Museu Afro Brasil traz um panorama mais abrangente. “Não é apenas uma exposição de obras de arte, é um evento que, através de fotografias, mas também de desenhos, objetos, músicas, vídeos e outros meios, pretende interagir com o público, principalmente o infanto-juvenil, com o objetivo de divertir, ensinar, e sensibilizar os jovens para a variedade de culturas, os diferentes povos do mundo”.
Visitar a mostra é um convite para conhecer cenas de impacto com a dramaticidade, as nuances e o rigor da técnica preto & branco. Vale a pena também prestar atenção nos tecidos criados por Goya Lopes, inspirados nas culturas africanas, sempre com cores vivas e desenhos inconfundíveis, os quais funcionam como cortinas de passagem entre os módulos temáticos e os seus distintos universos.
Programe-se até 30 de dezembro de 2015 para se encontrar com o aventureiro Pierre Verger, um cidadão inquieto que saiu de “Paris para a Polinésia Francesa à procura de novas imagens, novos climas, novas paisagens, novo tudo para um francês ávido em descobrir o mundo”. Por aqui, fico. Até a próxima.
Serviço:
As Aventuras de Pierre Verger
Realização: Fundação Pierre Verger, Museu Afro Brasil, Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, Ministério da Cultura | Lei de Incentivo à Cultura
Apoio: Goya Lopes
Produção: Território Sirius Teatro
Patrocínio: Odebrecht, Petrobras
* Leno F. Silva escreve semanalmente para Envolverde. É sócio-diretor da LENOorb – Negócios para um mundo em transformação e conselheiro do Museu Afro Brasil. É diretor do IBD – Instituto Brasileiro da Diversidade, membro-fundador da Abraps – Associação Brasileira dos Profissionais de Sustentabilidade, e da Kultafro – rede de empreendedores, artistas e produtores de cultura negra. Foi diretor executivo de sustentabilidade da ANEFAC – Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade. Editou 60 Impressões da Terça, 2003, Editora Porto Calendário e 93 Impressões da Terça, 2005, Editora Peirópolis, livros de crônicas.