Ambiente

Escolas públicas usam energia solar no Rio Grande do Sul

Há alguns anos Rio Grande do Sul investe na ampliação e implantação de micro usinas solares para a produção de energia. Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica, é o segundo Estado do Brasil que mais gera energia solar. Em 2016, a Escola Estadual de Ensino Médio José Luchese, no município de Lagoa Bonita do Sul, na região Centro Serra do Vale do Rio Pardo, se tornou a primeira escola do Estado a receber energia solar. A partir de dezembro, por meio do projeto Nossas Comunidades Rurais, da Japan Tobacco International (JTI), outras três escolas públicas experimentam a novidade.

A iniciativa faz parte do Programa Alcançando a Redução do Trabalho Infantil pelo suporte à Educação (ARISE), desenvolvido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), pela ONG Winrock Internacional (WI) e pela JTI, por meio da realização de oficinas no contraturno escolar, visando contribuir para a erradicação do trabalho infantil nas lavouras de tabaco da região Centro-Serra do RS. O Programa tem como objetivo inspirar novas oportunidades para as crianças e jovens e, por consequência, para toda a comunidade envolvida.

“Uma preocupação constante para quem realiza uma ação social é a sua sustentabilidade. Esta iniciativa permite que a ação continue independentemente do desenvolvimento do Programa ARISE na região”, relata o diretor de Assuntos Corporativos e Comunicação da JTI, Flavio Goulart.

Ele destaca que para investir na sustentabilidade e na autonomia dos produtores na gestão dos avanços obtidos, o Programa tem apostado no envolvimento de parceiros externos que fortaleçam a credibilidade de tudo que vem sendo feito. O projeto Fotovoltaico está neste âmbito: com a economia conquistada, o Estado e Municípios passam a financiar os educadores que ministram as oficinas para as crianças e jovens.

O projeto piloto, realizado com a instalação de painéis solares na escola Escola José Luchese, em 2016, obteve êxito em todas as etapas e por isso se mostrou a opção adequada para prover a sustentabilidade financeira ao Programa ARISE. A parceria foi viabilizada com o investimento social privado da JTI, por meio do Programa Nossas Comunidades Rurais, e do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, por meio da Secretaria de Educação, com o Programa Escola Melhor, Sociedade Melhor. Com a economia na conta da luz, antes paga pelo Governo do Estado, foi possível contratar uma professora para atender permanentemente os alunos nas oficinas de música, teatro, poesia, desenho, entre outras, em Lagoa Bonita do Sul.

Considerada como a primeira oficina autossustentável do Programa ARISE, o projeto já foi reconhecido com premiações importantes, entre elas a de primeira escola pública com o Selo Verde no Brasil. Recentemente, quatro das 22 escolas participantes do Programa, tiveram trabalhos premiados no 1º Prêmio Ministério Público do Trabalho (MPT) na Escola, que compõe o Eixo Educação do “Resgate a Infância”, projeto focado no combate ao trabalho infantil. O concurso cultural trabalhou o tema em escolas do Ensino Fundamental de 20 Municípios gaúchos, envolvendo mais 12 mil estudantes.

As três novas escolas com energia solar e com a garantia da manutenção das oficinas extraclasse são: Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Jovino Fiuza, de Arroio do Tigre, EMEF Geralcino Dornelles, de Sobradinho, e EMEF Luiz Augusto Colombelli, de Ibarama. (#Envolverde)