Governo federal oficializou a criação de cinco unidades de conservação (UCs) federais e de implantação do Plano Nacional de Fortalecimento das Comunidades Extrativistas e Ribeirinhas (Planafe). As medidas buscam, de um lado, ampliar o conjunto de áreas protegidas nos biomas Amazônia, costeiro-marinho e Caatinga e, de outro, promover a integração das políticas públicas de melhoria da qualidade de vida e de produção sustentável para milhares de famílias que vivem do extrativismo no país.
As unidades criadas são o Parque Nacional e a Área de Proteção Ambiental (APA) Boqueirão da Onça, no interior da Bahia, e as reservas extrativistas Itapetininga, Arapiranga-Tromaí e Baía do Tubarão, no Maranhão. A implantação das unidades é uma reivindicação antiga de ambientalistas, populações tradicionais e extrativistas e de outros segmentos da sociedade.
Além de ampliar as ações de conservação e desenvolvimento sustentável da Caatinga, um dos biomas menos protegidos do país, o parque e a APA do Boqueirão terão papel fundamental na preservação do habitat da onça-pintada, maior felino das Américas, ameaçado de extinção. O parque já é a segunda maior unidade de conservação de proteção integral da Caatinga.
Já o Planefe vai levar, nos próximos anos, às populações tradicionais e ribeirinhas de todo o país ações de inclusão social (educação, saúde, assistência social, documentação civil, entre outras), de fomento à produção sustentável (apoio à comercialização, garantia de preços mínimos, inserção dos produtos extrativistas nas compras governamentais), de infraestrutura (principalmente energia e água) e de apoio à gestão ambiental e territorial. Com o Plano, serão beneficiados milhares de brasileiros.
“Isso mostra a seriedade com que, neste governo, encaramos a proteção do meio ambiente como um vetor de melhoria da qualidade de vida da população. Ao revertermos a curva do desmatamento, fecharmos usinas termoelétricas, zelarmos pela integridade dos nossos biomas e da biodiversidade que abrigam, recompormos a vegetação nativa para a ressurgência hídrica, enfim, em tudo o que fizemos no Ministério do Meio Ambiente, tivemos um propósito socioambiental”, disse o ministro Sarney Filho, que cumpriu ontem seu último dia no cargo.
As novas unidades de conservação, prosseguiu o ministro, se juntam a outras criadas e ampliadas na sua gestão, como o Refúgio de Vida Silvestre de Alcatrazes, no litoral de São Paulo, o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Goiás, que teve sua área aumentada em quatro vezes, e os mosaicos dos arquipélagos de São Pedro, em Pernambuco, e São Paulo e o de Trindade e Martim Vaz, no Espírito Santo.
“Criamos e ampliamos unidades de conservação em diferentes biomas. Com isso, a área protegida no País, continental e marinha, cresceu mais de 92 milhões de hectares. Com as UCs marinhas, fizemos o Brasil saltar de apenas 1,5% para 26,3% de nossas áreas marinhas protegidas. Com isso, superamos a meta de Aichi, estabelecida pela Convenção sobre Diversidade Biológica, de proteção de 17% das áreas marinhas e costeiras até 2020”, destacou. Fonte:AgBr (#Envolverde)