O risco de incêndios catastróficos iguais ou piores aos de 2017 é real e tem tendência para aumentar, alertaram peritos norte-americanos que defendem que “não há tempo a perder” em Portugal.
O pior cenário antevisto no relatório apresentado hoje no Instituto Superior de Agronomia, em Lisboa, é claro: “sem uma intervenção séria e imediata, Portugal pode esperar uma situação pior do que em 2017”.
“É nisto que tem de se pensar e é para isto que tem que se planejar”, avisou o especialista Mark Beighley, que, com A. C. Hyde, caracterizou o que deve ser “uma nova era” para a gestão dos incêndios florestais em Portugal.
Portugal e parte da Espanha tiveram imensos incêndios com dezenas de vítimas fatais quando uma onda de calor se instalou na região, aumentando o potencial de incêndios florestais. Vilarejos inteiros foram destruídos pelas chamas, diversas vítimas foram mortas nas estradas, tentando fugir do fogo. Esse fenômeno foi provocado pelos extremos climáticos.
O parlamento rejeitou nesta semana um projeto de lei do PSD para criar uma Unidade Militar de Emergências, visando um reforço das Forças Armadas no sistema de Proteção Civil.
O diploma foi rejeitado com os votos contra do PS, PCP, BE e PEV, obtendo os votos favoráveis do PSD, CDS-PP e PAN.
Na exposição de motivos, o PSD argumenta que as Forças Armadas não estão devidamente enquadradas nos dispositivos e estão subaproveitadas nas operações de defesa da floresta e no combate aos incêndios rurais.
Trata-se na prática de intensificar a presença das Forças Armadas em missões de proteção civil na linha das leis estruturais da defesa nacional, do conceito estratégico de defesa nacional e da Lei de Bases da Proteção Civil, justifica o PSD.
O Exército dispõe de um Regimento de Apoio Militar de Emergência, sediado em Abrantes. Fonte: Diário de Notícias (#Envolverde)